sábado, 6 de setembro de 2014

O IRMÃO PIADISTA DE EDUARDO CAMPOS: DIZ QUE É A UNIÃO QUEM DEVE INDENIZAR EM SANTOS





[Irmão de Campos diz que é a União que deve indenizar em Santos e não os laranjas donos do ‘avião-fantasma’, nem a seguradora também fantasma]

Por Fernando Brito 

"O irmão de Eduardo Campos, o primeiro a entronizar Marina no lugar de candidata a Presidente logo após a morte do irmão, sai correndo para jogar fumaça sobre a questão essencial para a responsabilização civil pelos danos causados pela queda ao Cessna PR-AFA, em Santos, no dia 13.

É tão pouca a seriedade e tão grande o ânimo demagógico deste senhor Antônio Campos que ele produz uma teoria, não fossem as características trágicas do que envolve, digna de risadas jurídicas.

Diz que cabe à União (ou seja, a mim, a você e aos milhões de humildes que pagam impostos) a responsabilidade de indenizar os estragos provocados pela queda de um avião que não se sabe de quem é, que tinha um uso diferente do previsto (e por isso pode ter perdido a cobertura do seguro obrigatório), operado por não se sabe quem, mergulhado em uma intrincada operação laranja. Avião que caiu sem que se saiba a razão, até agora.

Mas Antônio Campos, que não parece ser investigador de desastres aeronáuticos, diz que a culpa é da Base Aérea de Santos e, portanto, da União, e da Cessna sobre a qual há “indícios de erro de projeto da aeronave, falha mecânica e defeito da caixa preta”.

Seu Antonio, todo mundo respeita a dor de sua família, mas vá devagar com a [esperta] demagogia.

O senhor, para começar, sabe que esclarecer quem era o dono do avião é essencial para o processo indenizatório, porque é a ele, como quem entra com um automóvel na casa de uma família, derrubando tudo, é que cabe a responsabilidade primária pelos danos.
O seguro não cobrindo os danos, é ele quem terá de mover ação regressiva contra a seguradora. Idem no caso de defeito mecânico, cabendo a um ou a outro acionar o fabricante.

É assim, por exemplo, que está acontecendo no caso do Airbus da TAM acidentado em Congonhas, como se viu esta semana mesmo. O seguro acusando o fabricante, o fabricante pondo a culpa nos. pilotos e na pista, claro, para não pagar à seguradora.

Não sei como as coisas funcionam em Pernambuco, mas no Brasil um governante não pode dispor do dinheiro público assim, arbitrariamente e, pior, no lugar de quem deve indenizar: os donos do avião ou o seguro que, porventura, eles tiverem.

E se é verdade que esses empresários amigos de seu falecido irmão dispunham de condições de comprar um avião de R$ 20 milhões e dar de presente para a campanha dele e de Marina Silva, certamente não lhes falta para ajudar algumas dezenas de pessoas humildes a reconstruírem suas casas.

Agindo da maneira que está agindo parece – certamente não é sua intenção – estar protegendo os compradores do avião e seu laranjal ou até, Deus nos livre, acenando para eles com a isenção da obrigação de indenizar e, com isso, mantendo caladas as bocas sobre as condições em que esse avião veio parar na maldita função que teve [campanha de Campos e Marina] e que acabou por matar sete pessoas.

Se o Sr. Antonio Campos quer fazer algo de útil pelas vítimas terrestres do acidente, que busque, com a família, esclarecer como esse avião chegou a Eduardo Campos e com quem ele tratava para operá-lo: abastecer, dar manutenção, pagar hangares e pilotos.

Ajude, enfim, a revelar tudo o que, até agora, é um mistério guardado a sete chaves."

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=20831). [Título e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].


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