segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MARINA REEDITA A BOLINHA DE PAPEL




[Marina faz plágio da ridícula encenação tucana da 'mortífera' saltitante bolinha de papel]



Marina joga bolinha de papel na própria cabeça para se fazer de vítima.



A candidata Marina Silva (PSB) parou de falar sobre seu programa de governo demotucano que gera desemprego e arrocho nos salários e aposentadorias, para ficar falando só de si mesma, se fazendo de vítima.

A última foi dizer que "é atacada por ser filha de pobre, preta e evangélica".

O problema é que ninguém (nem Aécio) atacou ela por esses motivos preconceituosos e deploráveis.

Pelo contrário, todo mundo repudia esse tipo de ataque. Dilma e Lula são insuspeitos, porque vivem e governam voltados para a dignidade dos mais pobres e para superar a pobreza. Porque combatem o racismo com todas as ações possíveis, e tratam com igual respeito todas as religiões. Aécio também não ataca nos termos ditos por Marina, porque seria politicamente incorreto.

Marina é que está trazendo para a campanha eleitoral esses preconceitos pela primeira vez.

Então é ela quem está espalhando um discurso preconceituoso contra si mesma, e querendo colocar a culpa nos outros.

Equivale a quem finge ser agredida para dar queixa contra uma pessoa inocente que ela quer prejudicar.

Simulações de agressões para colocar culpa em adversários não é novidade em campanhas eleitorais. Em 2010 José Serra (PSDB-SP) foi atingido por bolinha de papel e se internou em hospital particular de um médico amigo "para tirar um tomografia da cabeça", como se tivesse sido atingido por um objeto pesado, para culpar quem protestava contra ele.

Não colou porque os vídeos só comprovaram que o tucano foi alvejado apenas pela [leve] bolinha de papel. O Jornal Nacional da TV Globo tentou contratar um perito para salvar Serra, e foi um vexame.

Agora, a declaração autopreconceituosa de Marina é como se ela atirasse uma bolinha de papel na própria cabeça para colocar a culpa nos oponentes.

Marina está fugindo ao debate

Dilma trava o bom debate sobre dois caminhos diferentes de governar. E esse debate precisa ser travado para o eleitor saber no que está votando e decidir, nada tendo a ver com ataques pessoais ou baixarias.

Um, é o jeito dela e de Lula de elevar todo brasileiro para a classe média para cima, na renda, na escolaridade, na qualidade de vida. Outro jeito é o que está está escrito no programa de governo de Marina e que Aécio, como bom tucano, assinaria embaixo, dando plenos poderes à mão invisível do mercado, reduzindo direitos coletivos do cidadão e dando mais poderes aos bancos.

Baixarias são as desqualificações que Marina tenta fazer dos 12 anos de governo de Dilma e de Lula."




FONTE: postado no blog da Helena no "Rede Brasil Atual" e transcrito no blog "Os amigos do Presidente Lula"  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/09/marina-joga-bolinha-de-papel-na-propria.html). [Título, imagem inicial e sua legenda acrescentados por este blog 'democracia&política'].


COMPLEMENTAÇÃO


Engole esse choro, Marina!

Por ANTONIO LASSANCE, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política


"O choro expõe uma crise de identidade da própria candidata em relação ao que ela se tornou e que a afasta dos que até então admiravam sua biografia

A essa altura, o marqueteiro de Marina já deve ter dado o conselho à candidata: "engole esse choro!"

Choramos por tristeza ou por alegria; por satisfação ou por arrependimento; por raiva ou indignação; por medo, vergonha ou pressão.

Os brasileiros se acostumaram a ver o presidente Lula chorar nas cerimônias de Natal, junto aos catadores de lixo para reciclagem e junto da população em situação de rua de S. Paulo.

Vimos, mais de uma vez, ele chorar ao relatar o testemunho da mãe que, ao receber o "Luz Para Todos", dizia que, pela primeira vez na vida, veria melhor o rosto de seus filhos antes de dar o beijo de boa noite.


Vimos o presidente aos prantos quando foi abraçado pela multidão na saída do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro de 2011, quando, simbolicamente, despediu-se do povo que acompanhou suas duas presidências.

E Marina, por que chora?

Marina chora, de fato, por arrependimento, por medo e principalmente pela pressão que sofre por todos os lados, todos os dias.

Chora de medo e pela pressão que recebe dos que vociferam do púlpito da intolerância. Eles aplicaram um cabresto em seu programa e em seu discurso.

Chora pelos pontos preciosos perdidos nas pesquisas de opinião por conta dessas declarações e das mudanças envergonhadas em seu programa de governo.

Chora pelos que, dentro de seu próprio partido e de sua Rede, já anunciaram que não mais farão sua campanha.

Chora por aqueles que a apoiaram em 2010, julgando que fosse ela uma política moderna, mas veem uma política desfigurada, capturada pelo fundamentalismo também da ortodoxia da macroeconomia dos 1% mais ricos.

Chora de arrependimento da frase de que daria menos importância ao pré-sal.

Essa frase transformou-a em adversária de quem defende mais recursos para a educação e para a saúde - e de todos os Estados e Municípios que pretendem receber recursos do pré-sal.

Suas intenções de voto no Rio de Janeiro despencaram assim que a frase apareceu nas manchetes de todos os jornais do Estado.

Marina chora porque não aguenta a pressão de quem passou a vida sendo pedra e, de repente, virou uma grande vidraça.

Quem chora diz, em lágrimas, o que economiza em palavras.

Por isso, o choro de Marina é um resumo de tudo o que acontece em sua campanha, mas que ela demonstra ter extrema dificuldade de suportar.

O choro expõe uma crise de identidade da própria candidata em relação ao que ela se tornou e que a afasta dos que até então admiravam sua biografia.

O choro vem em um momento em que seus adversários levantam a dúvida sobre quem é que manda em suas opiniões e sobre se ela tem preparo emocional para encarar uma presidência da República.

Por isso, seu marqueteiro já deve ter feito a recomendação: "Marina, engole esse choro!"

FONTE da complementação: escrito por Antonio Lassance, cientista político, 
pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política. Originalmente publicado na Carta Maior; transcrito no "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/153412/Engole-esse-choro-Marina!.htm).

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