segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A MORTE SUSPEITA DE CAMPOS E O "EMBROMATION" DE MARINA


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[OBS deste blog 'democracia&política':

MARINA USA "EMBROMATION" CASTIÇO PARA PREPARAR GRAVES DANOS AO BRASIL

Por oportuno, já que o bom artigo (abaixo transcrito) de Ricardo Amaral, trata do típico "Embromation" da Marina, quero trazer à tona o que tem por trás da embromação da "Nova política", muito repetida pela candidata, mas jamais explicada.

No artigo publicado nos Estados Unidos sábado último, no "Strategic Culture", pelo jornalista investigativo, autor e colunista 
norte-americano Wayne Madsen, que tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança, consta o seguinte:

"Marina Silva está sendo apresentada como candidata da “Terceira Via” (chamada, agora, em 2014, de “Nova Política” no Brasil). (...) Pesquisas recentes têm apontado avanço de Marina Silva. Evidentemente, essas pesquisas de “intenção de voto” nada têm nem de científicas nem de independentes, e são ferramentas que as agências de inteligência e as empresas comerciais sempre usam para influenciar a opinião pública e gerar “programação preditiva” em populações inteiras. (...)

“Terceira Via”/”Nova Política” é movimento internacional que tem sido usado por políticos associados a grandes empresas, muitos dos quais financiados por George Soros [judeu megaespeculador internacional, especialista em ganhar fortunas manipulando taxas de câmbio, mas não só isso], para infiltrar-se e assumir o controle de partidos historicamente trabalhistas, socialistas e progressistas.


George Soros criador da "Terceira Via/"Nova Política"

Alguns dos nomes mais notáveis da “Terceira Via” são Bill Clinton; Tony Blair; Gerhard Schroeder, da Alemanha; Justin Trudeau, do Canadá; presidente François Hollande, da França; primeiro-ministro francês Manuel Valls; primeiro-ministro Matteo Renzi e ex-primeiro-ministro Romeo Prodi da Itália; José Sócrates, de Portugal; Ehud Barak, de Israel; e inúmeros nomes do Partido Verde (PV), do Partido Socialista (PSB) e do Partido da Social-Democracia no Brasil (PSDB), dentre os quais Marina Silva, Aécio Neves, o falecido Eduardo Campos e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).


(...) Quando se mostra mais vantajoso do ponto de vista eleitoral assassinar um “Novo Político” para promover o avanço de outro, não parece haver problema algum nessa “Nova Política” ["Terceira via" internacional] , em eliminar alguém como Campos, para fazer avançar político mais populista (e mais controlável), como Marina Silva, sobretudo se estão em jogo interesses de Israel e de Wall Street."


(...) "Revisão do período pós-IIª Guerra Mundial revela que, de todos os meios que os serviços de inteligência usaram para eliminar pessoas que viam como ameaças econômicas e políticas, o assassinato por derrubada de avião está em segundo lugar; antes, só assassinatos por armas de fogo; depois, vêm acidentes de automóvel e envenenamento, como modus operandi preferencial da Agência Central de Inteligência dos EUA, CIA, para seus assassinatos políticos".

(Fonte: Wayne Madsen (EUA), no "Strategic Culture", transcrito em:  http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/08/tudo-sugere-acao-da-cia-e-assassinato.html). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

Sobre o assunto e do mesmo autor estadunidense, recomendo a leitura da postagem de 23/08 deste blog 'democracia&política' intitulada "Morte de Eduardo Campos sob suspeita nos EUA", em http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/08/morte-de-eduardo-campos-sob-suspeita.html.

Vejamos o artigo de Ricardo Amaral]:

Marina usa “embromation castiço” para propor atraso

O pacote reacionário de Marina

Por Ricardo Amaral, no "Jornal GGN"

"Nada é mais antigo e reacionário nessa campanha eleitoral do que as propostas de Marina Silva, do PSB, para “uma nova política”.

São seis pontos apresentados no primeiro capítulo do programa de governo divulgado sexta-feira. Cinco deles formam um conjunto de retrocessos democráticos e casuísmos. A agenda da direita está toda lá, do voto distrital ao financiamento privado de campanhas. O sexto ponto, em contradição, copia propostas do PT.

Marina “inova” a agenda da direita com a proposta de só realizar eleições a cada cinco anos, para todos os cargos de uma vez. Nem a ditadura militar calou a voz das urnas por períodos tão longos. É uma ideia típica de quem tem um conceito “gerencial” do Estado e do processo democrático. É como dizer: “Não perturbem o país com eleições de dois em dois anos; isso atrapalha o governo dos bons e dos eficientes”.

As propostas reacionárias da “nova politica” vêm embrulhadas num texto de chavões “modernos”: “Estado e Democracia de Alta Intensidade”. Democracia não combina com adjetivos. Houve um tempo em que o Brasil era uma “democracia relativa”, e não passava de uma ditadura. Democracia é algo substantivo; ou se pratica ou não se pratica. No Brasil, custou vidas, lágrimas e luta. Não é para brincar.

Assim como o título, o texto é vazado em "embromation" castiço. Aqui vão as seis propostas da candidata, traduzidas para o mundo real:

Proposta 1: “Unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção dos mandatos de 5 anos”.

Tradução: Fazer menos eleições (e não perturbar o governo dos bons)

Durante 5 anos, o eleitorado simplesmente não se pronuncia sobre nada. E de uma só vez troca o executivo em todos os níveis (pois não há reeleição), ao mesmo tempo em que elege vereador, deputado estadual, deputado federal e senador. Nem na ditadura, o Brasil passou cinco anos seguidos sem ter eleições em algum nível; sem ouvir a voz das urnas.

A fórmula Marina implica necessariamente em alguma prorrogação de mandatos (dos atuais prefeitos e vereadores, ou dos parlamentares governadores e presidente eleitos este ano). Só a ditadura fez isso, ao prorrogar por dois anos os mandatos de prefeitos e vereadores, quando adiou as eleições municipais de 1980.

O fim da reeleição é hoje uma bandeira do PSDB, que a implantou corrompendo o Congresso em 1997 [para reeleger FHC/PSDB]. 



O argumento para extingui-la é que o governante cuidaria apenas da administração, sem "desvirtuá-la com o propósito de buscar a reeleição". E o que o impediria de “desvirtuá-la” para eleger o sucessor? Marketagem reversa de tucano. Demagogia de sonhático.

Proposta 2: “Fortalecimento dos mecanismos de transparência nas doações para campanhas eleitorais”.

Tradução: Financiamento privado de campanhas (inclusive por empresas)[como o Banco Itaú e a Natura]

O documento original da campanha (as “Diretrizes” do PSB) dizia que tais mecanismos seriam necessários para “baratear as campanhas”. A expressão grosseira saiu do texto, mas o caráter da proposta não mudou: Marina é contra o financiamento público de campanhas, uma proposta do PT, e a favor das doações de empresas.

O financiamento público de campanha é a proposta mais radical e eficaz para reduzir a influência do poder econômico no processo eleitoral. Marina rejeita doações da indústria bélica e de bebidas, mas não vê problema em ser financiada por um grande banco e por uma indústria de cosméticos com interesses diretos na administração federal.

Em abril deste ano, seis ministros do STF (a maioria) votaram favoravelmente à proibição de doações de empresas. Mesmo com o placar definido, o julgamento foi suspenso por um pedido de vistas de Gilmar Mendes, ministro indicado pelo PSDB, partido que é contra a proibição e contra o financiamento público. O vice de Marina, Beto Albuquerque, também se manifestou em abril contra a proibição.

Ao longo da última década, o TSE vem apertando os mecanismos de controle das campanhas, com as prestações de contas antecipadas e registro on-line de doações. São esses mecanismos que ameaçam o registro da candidatura do PSB, por não ter declarado à Justiça Eleitoral o uso (Por empréstimo? Doação irregular? Aluguel no fiado?) [ou compra por laranjas com caixa 2?] do avião que caiu em Santos. Antes de propor “mais transparência” seria melhor esclarecer esse caso.

Proposta 3: “Novos critérios na ordem dos eleitos para cargos proporcionais, buscando aproximação da “Verdade Eleitoral”, conceito segundo o qual os candidatos mais votados são os eleitos”.

Tradução: Adotar o Voto Distrital Puro (e despolitizar o Legislativo


[De modo geral, tudo que enfraquecer o poder do povo via poder político contribuirá para a "Nova Política". Quanto mais enfraquecidos estiverem o legislativo e o executivo, melhor para fortalecer relativamente os megabancos e empresários estrangeiros e nacionais ("o tal mercado"), que praticamente estarão no comando definitivo do Brasil por meio da "independência do Banco Central" estabelecida por lei, como consta do programa de Marina].

Verdade Eleitoral” é o nome falso para "voto distrital puro", que o programa de Marina não tem coragem de mencionar.

O voto distrital é o único sistema que permite a eleição do candidato mais votado, sem levar em conta a votação de seu partido ou coligação. É o modelo do “ganhador leva tudo”, típico da cultura política dos EUA e matriz de seu Congresso paroquial e reacionário, com representantes altamente vulneráveis ao poder econômico.

É uma proposta francamente despolitizadora, defendida no Brasil pelo PSDB e pela direita.

Um retrocesso que rebaixa a disputa politica geral ao nível das questões locais.

O programa da candidata sequer apresenta o argumento (legítimo) dos que defendem o voto distrital: esse modelo supostamente aproxima representantes de representados, o que não ocorreria com o voto proporcional, adotado no Brasil.

Proposta 4: “Inscrição de candidaturas avulsas aos cargos proporcionais, mediante requisitos a definir”.

Tradução: Enfraquecer os partidos (e fortalecer candidatos antipolíticos).

Na versão original do programa, as “Diretrizes” do PSB, não estavam limitadas às eleições proporcionais. Houve um recuo aí. O argumento a favor da candidatura avulsa é “quebrar o monopólio dos partidos na representação política”.

Idealmente, permite a eleição de candidatos apoiados por movimentos e setores sociais. Na prática, favorece candidatos com alta exposição pública [os escolhidos pela mídia, de direita], grande poder econômico, ou representantes de “causas”, que hoje se elegem dentro da estrutura partidária. A diferença é que seus votos não contribuiriam mais para a formação do quociente eleitoral dos partidos, não somariam para eleger candidatos menos votados.

A candidatura avulsa existe na maioria dos países, normalmente limitada ao Legislativo. Não é uma ideia antidemocrática em si, mas é uma resposta enganosa e despolitizada à questão da representatividade do Legislativo.

Proposta 5: “Redefinir o tempo de propaganda eleitoral com base em novos critérios, visando a melhorar a representatividade da sociedade brasileira nos parlamentos”.

Tradução: Tratar igualmente os desiguais (e valorizar o mercado de TV).

O critério hoje é: parte do tempo de propaganda eleitoral é distribuída igualmente entre os partidos com funcionamento na Câmara. Ao tempo mínimo de cada um acrescenta-se um tempo proporcional ao tamanho das bancadas e coligações.

Pode-se rediscutir a proporção entre o tempo mínimo e o tempo proporcional ao tamanho das bancadas, mas não há critério mais democrático do que o vigente.

Mudar o critério só pode levar a dois caminhos:

1) Distribuir todo o tempo de acordo com o tamanho das bancadas.
2) Distribuir o tempo em fatias iguais, desde o PPL até o PMDB.

Ambos são menos democráticos que o critério atual, e nenhum deles nos levaria a “melhorar a representatividade da sociedade brasileira nos parlamentos”.

É lícito supor que Marina se incline pelo segundo caminho. Nesse caso, estaria igualando os desiguais, desrespeitando a representatividade conquistada por cada partido nas urnas.

O PT, que é o alvo implícito da proposta, já foi um partido pequeno, com pouco tempo de TV, da mesma forma que DEM e PSDB foram grandes um dia. Quem definiu o tamanho das bancadas atuais foi o eleitor.

Na prática, a proposta beneficiaria as pequenas legendas, tanto as ideológicas quanto as legendas de aluguel, que teriam seu capital muito valorizado.

Em português dos tempos da luta contra a ditadura: é um casuísmo.

Proposta 6: “Permitir a convocação de plebiscitos e referendos pelo povo e facilitar a iniciativa popular de leis, mediante a redução de assinaturas necessárias e da possibilidade de registro das assinaturas eletrônicas.”

Tradução: Enfeitar o pacote conservador (com propostas copiadas do PT)

Plebiscitos e referendos são instrumentos históricos da democracia, previstos na Constituição, porém raramente praticados no Brasil. Hoje, quem tem poder convocá-los é o Congresso. A ideia de convocá-los por iniciativa popular consta do programa do PT desde os tempos em que Marina era filiada ao partido. O PT também propõe incentivar a proposição de leis por iniciativa popular.

Na campanha de 2010, Marina Silva recorreu ao plebiscito para se livrar de questões embaraçosas, como a descriminalização do aborto. Cuidado: plebiscito não é Doril, que se toma para qualquer dor-de-cabeça. É para decidir sobre grandes questões nacionais, e não para lavar as mãos do governante que não tem coragem de assumir suas posições."

FONTE: escrito por 
Ricardo Amaral, no "Jornal GGN". Transcrito no portal "Viomundo"  (http://www.viomundo.com.br/politica/ricardo-amaral-nada-e-mais-antigo-e-reacionario-que-o-pacote-de-marina.html). [Imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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