domingo, 6 de abril de 2014

COMPROVADO!: "GLOBO" E GOVERNO DOS EUA TRABALHARAM PARA A DITADURA NÃO TERMINAR EM 1966


Roberto Marinho e Costa e Silva, o escolhido pela "Globo" e EUA para suceder Castello Branco, sem eleições

Do blog "Os amigos do Presidente Lula"

Documento da embaixada americana confirma; Roberto Marinho atuou nos bastidores da ditadura

"No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou à seus superiores um telegrama classificado como altamente confidencial - agora já aberto a consulta pública – narrando o encontro que teve na embaixada com Roberto Marinho, o então dono das "Organizações Globo". A conversa era sobre a sucessão ditatorial.



O telegrama informava que Marinho estava "trabalhando silenciosamente" com um grupo composto pelo general Ernesto Geisel, na época, chefe da casa militar; o General Golbery do Couto e Silva, chefe do SNI; Luis Vianna, chefe da Casa Civil, e outros, pela prorrogação ou renovação do mandato do ditador Castello Branco.

No início de julho de 1965, a pedido do grupo, Roberto Marinho teve um encontro com Castello para persuadi-lo a prorrogar ou renovar o mandato. O general mostrou-se resistente à ideia, segundo o relato. Nesse encontro, o dono da "Globo" também sondou a disposição de trazer o então embaixador em Washington Juracy Magalhães para ser ministro da Justiça. Castello, aceitou a indicação, que acabou acontecendo depois das eleições para governador em outubro. O objetivo era ter Juracy por perto como possível alternativa a suceder o ditador, e para endurecer o regime, já que o ministro Milton Campos era considerado gentil demais para a pasta, segundo relata o telegrama. De fato, Juracy foi para a Justiça, apertou a censura aos meios de comunicação e pediu a cabeça de jornalistas de esquerda aos donos de jornais.

No dia 31 de julho do mesmo ano, aconteceu novo encontro. Roberto Marinho explica que, "se Castello restaurasse eleições diretas para sua sucessão, os políticos com mais chances seriam os da oposição". E novamente age para persuadir Castello a "prorrogar seu mandato ou reeleger-se sem o risco do voto direto". Marinho disse ter saído satisfeito do encontro, pois o ditador foi mais receptivo. Na conversa, Marinho também disse que o grupo que ele frequentava preferia que fizesse emenda constitucional para permitir a reeleição de Castello com voto indireto e com aquela formação do Congresso, onde não haveria risco de perder. Debateu, também, as pretensões do general Costa e Silva à sucessão.

Gordon escreveu no telegrama ao Departamento de Estado de seu país que o sigilo da fonte era essencial, ou seja, era para manter segredo sobre Roberto Marinho ter informado ao embaixador americano o que o general-presidente havia lhe dito em privado.

Pelo histórico de apoio das "Organizações Globo" à ditadura, esses fatos não trazem surpresa, mas agora há a confirmação documental."

FONTE: blog "Os amigos do Presidente Lula"  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/04/documento-da-embaixada-americana.html). [Foto do google e sua legenda adicionadas por este blog 'democracia&política'].

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