segunda-feira, 9 de julho de 2012

PETROBRAS REALIZA OPERAÇÃO INÉDITA NO MUNDO


PETROBRAS REALIZA OPERAÇÃO INÉDITA NO MUNDO EM PLATAFORMA NO POLO NAVAL DE RIO GRANDE (RS)


“A Petrobras concluiu, no sábado (07/07), o ‘deck mating’ da plataforma semissubmersível P-55, no Polo Naval do Rio Grande (RS). A operação consiste no acoplamento entre o ‘deckbox’ da plataforma, parte superior, com o casco, parte inferior, também chamada de ‘lower hull’. O ‘deck mating’ foi realizado por meio do içamento do ‘deckbox’, técnica inédita no Brasil, e que pode ser considerado o maior realizado em todo mundo até hoje, devido ao peso da estrutura e a altura a que foi erguida.

Para o içamento do “deckbox”, que pesa cerca de 17 mil toneladas, foi montado um sistema com 12 torres, ligadas a 24 macacos hidráulicos, cada um com capacidade de erguer até 900 toneladas, para elevar o equipamento até a altura de 47,2 metros em relação ao fundo do dique seco do estaleiro. Para erguer a estrutura, foram utilizados 24 conjuntos de 54 cabos de aço cada. Cada cabo possui 18 milímetros de diâmetro e 60 metros de comprimento, totalizando cerca de 77 quilômetros.

Nos próximos meses, serão realizadas a instalação dos módulos e a integração dos sistemas. Com a conclusão dessa etapa, a P-55 será transportada para o campo de Roncador, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, para início de operação em setembro de 2013. Em pleno funcionamento, a P-55 terá capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, esteve no Polo Naval do Rio Grande durante o “deck mating”, acompanhada dos diretores da companhia. “Essa operação é motivo de orgulho para o povo gaúcho e para todos os brasileiros. Qualquer um ficaria encantado com a magnitude dessa obra, a primeira plataforma do Polo Naval do Rio Grande e a maior semissubmerssível construída no País”, afirmou.

Graça também destacou o ineditismo da operação e o potencial do polo naval. “É a primeira vez que um “deck mating” – integração de módulos e casco – é feito desta maneira. O “deckbox”, que pesa 17 mil toneladas, foi elevado a mais de 40 metros e colocado sobre o casco. Usualmente, o que se faz é abaixar o casco. A P-55 e os oito FPSOs replicantes, a serem construídos aqui, serão obras de referência nacional e internacional.

Os FPSOs replicantes são uma nova geração de plataformas, concebidas segundo parâmetros de simplificação de projetos e padronização de equipamentos. A produção em série de cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e a consequente otimização de custos.

O projeto do casco da P-55 foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), fruto de vários anos de pesquisa e de desenvolvimentos de engenharia em parceria com universidades brasileiras, com tecnologia 100% nacional. É mais um marco para a indústria do petróleo no Brasil.

A OPERAÇÃO

O “deck mating” teve início no dia 25/6, quando o “deckbox” foi elevado pela primeira vez até a altura de 20 centímetros para realização de testes e pesagem final. Em 27 de junho, o processo de içamento do “deckbox” prosseguiu e, no dia seguinte, atingiu o nível 15,4 metros de altura em relação ao fundo do dique. Em paralelo, foi realizado o rearranjo dos apoios do casco ("picadeiros") e montagem das defensas dentro do dique, trabalho concluído em 30 de junho.

No mesmo dia, foi iniciado o processo de alagamento do dique, com a abertura das válvulas dos dutos de captação. Cerca de 642 milhões de litros de água foram necessários para encher o dique até uma profundidade de 13,8 metros. Concluído o alagamento, a porta batel foi retirada (2/7) para a manobra de entrada do casco da P-55 no dique e, em seguida, reinstalada para vedação do dique. O esvaziamento do dique, ao nível 7,2 metros, aconteceu no dia seguinte.

Nos dias 5 e 6 de julho, o “deckbox” foi erguido até a altura máxima, de 47,2 metros, e o casco foi alinhado. Em 07/07, o casco assumiu sua posição final, embaixo do “deckbox”, e a estrutura suspensa foi assentada sobre ele, concluindo, assim, a operação de “deck mating” da P-55. A próxima etapa será o esvaziamento do dique até que o casco, já acoplado ao “deckbox”, fique totalmente apoiado nos "picadeiros" (grandes blocos de concreto) no fundo da estrutura.”

2 comentários:

Probus disse...

O pior inimigo da PETROBRÁS e do POVO BRASILEIRO é a AGÊNCIA NACIONAL do PETRÓLEO, vulgo, ANP.
Essa famigerada, nojenta, horrenda e asquerosa agênCIA reGULAdora é um PERIGO!!!!!!

Unknown disse...

Probus,
Desde a sua concepção, sempre tive o preconceito de que a ANP e demais agências foram criadas principalmente para garantir as vantajosas condições contratuais dos novos proprietários após as privatizações. No caso do petróleo, para garantir as benesses concedidas por FHC às petrolíferas estrangeiras. Foi a força do "mercado" sobrepujando os interesses nacionais.
Maria Tereza