sábado, 31 de março de 2012

ENTREVISTA COM LULA NA “FOLHA”

O ex-presidente, depois da última sessão de radioterapia a que se submeteu, em fevereiro

NA PRIMEIRA ENTREVISTA APÓS O DESAPARECIMENTO DO CÂNCER, LULA FALA DO MEDO DA MORTE E AFIRMA QUE AGORA QUER EVITAR UMA AGENDA ‘ALUCINADA’

Por Cláudia Collucci e Mônica Bergamo, na “Folha de São Paulo”

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou quinta-feira (29) que teve mais medo de perder a voz do que de morrer após a descoberta do câncer na laringe. “Se eu perdesse a voz, estaria morto.”

Um dia depois da notícia de que o tumor desapareceu, ele recebeu a “Folha” para uma entrevista exclusiva, num quarto do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde faz sessões de fonoaudiologia.

Lula comparou a uma “bomba de Hiroshima” o tratamento que fez, com sessões de químio e radioterapia.

Ele emocionou-se ao lembrar da luta do vice-presidente José Alencar (1931-2011), que morreu de câncer há exatamente um ano. “Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou.”

Quase 16 quilos mais magro e com a voz um pouco mais rouca que o normal, o ex-presidente ainda sente dor na garganta e diz que sonha com o dia em que poderá comer pão “com a casca dura”.

A entrevista foi acompanhada por Roberto Kalil, seu médico pessoal e “guru”, pelo fotógrafo Ricardo Stuckert e pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

-Folha – Como o Sr. está?

Luiz Inácio Lula da Silva – O câncer está resolvido porque não existe mais aqui [aponta para a garganta]. Mas eu tenho que fazer tratamento por um tempo ainda. Tenho que manter a disciplina para evitar que aconteça alguma coisa. Aprendi que tanto quanto os médicos, tanto quanto as injeções, tanto quanto a quimioterapia, tanto quanto a radioterapia, a disciplina no tratamento, cumprir as normas que tem que cumprir, fazer as coisas corretamente, são condições básicas para a gente poder curar o câncer.

-Foi difícil abrir mão…

Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou. [Fica com a voz embargada e os olhos marejados]. Eu, que convivi com ele tanto tempo, não tinha noção do que ele passou. A gente não sabe o que é pior, se a quimioterapia ou a radioterapia. Uns dizem que é a químio, outros que é a rádio. Para mim, os dois são um desastre. Um é uma bomba de Hiroshima e, o outro, eu nem sei que bomba é. Os dois são arrasadores.

-O Sr. teve medo?

A palavra correta não é medo. É um processo difícil de evitar, não tem uma única causa. As pessoas falam que é o cigarro [que causa a doença], falam que é um monte de coisa que dá, mas ‘tá’ cheio de criancinha que nasce com câncer e não fuma.

-Qual é a palavra correta?

A palavra correta… É uma doença que eu acho que é a mais delicada de todas. É avassaladora. Eu vim aqui com um tumor de 3 cm e de repente estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim. [Em alguns momentos] Eu preferiria entrar em coma.

-Kalil [interrompendo] - Pelo amor de Deus, presidente! Em coma?

Eu falei para o Kalil: eu preferiria me trancar num freezer como um ‘carpaccio’. Sabe como se faz ‘carpaccio’? Você pega o contrafilé, tira a gordura, enrola a carne, amarra o barbante e coloca o contrafilé no freezer e, quando ele está congelado, você corta e faz o carpaccio. A minha vontade era me trancar no freezer e ficar congelado até…

-Sentia dor?

Náusea, náusea. A boca não suporta nada, nada, nada, nada. A gente ouvindo as pessoas [que passam por um tratamento contra o câncer] falarem não tem dimensão do que estão sentindo.

-Teve medo de morrer?

Eu tinha mais preocupação de perder a voz do que de morrer. Se eu perdesse a voz, estaria morto. Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, eu vou para a Bolívia.

-O Sr. acredita que existe alguma coisa depois da morte?

Eu acredito. Eu acredito que entre a vida que a gente conhece [e a morte] há muita coisa que ainda não compreendemos. Sou um homem que acredita que existam outras coisas que determinam a passagem nossa pela Terra. Sou um homem que acredita, que tem muita fé.

-Mesmo assim, teve um medo grande?

Medo, medo, eu vivo com medo. Eu sou um medroso. Não venha me dizer: ‘Não tenha medo da morte’. Porque eu me quero vivo. Uma vez ouvi meu amigo [o escritor] Ariano Suassuna dizer que ele chama a morte de Caetana e que, quando vê a Caetana, ele corre dela. Eu não quero ver a Caetana nem…

-Qual foi o pior momento nesse processo?

Foi quando eu soube. Vim trazer a minha mulher para um exame e a Marisa e o Kalil armaram uma arapuca e me colocaram no tal de PET [aparelho que rastreia tumores]. Eu tinha passado pelo otorrino, o otorrino tinha visto a minha garganta inflamada.

Eu já estava há 40 dias com a garganta inflamada e cada pessoa que eu encontrava me dava uma pastilha. No Brasil, as pessoas têm o hábito de dar pastilha para a gente. Não tinha uma pessoa que eu encontrasse que não me desse uma pastilha: ‘Essa aqui é boa, maravilhosa, essa é melhor’. Eu já tava cansado de chupar pastilha.

No dia do meu aniversário, eu disse: ‘Kalil, vou levar a Marisa para fazer uns exames’. E viemos para cá. O rapaz fez o exame, fez a endoscopia, disse que estava muito inflamada a minha garganta. Aí, inventaram essa história de eu fazer o PET. Eu não queria fazer, eu não tinha nada, pô. Aí eu fui fazer depois de xingar muito o Kalil.

Depois, fui para uma sala onde estava o Kalil e mais uns dez médicos. Eu senti um clima meio estranho. O Kalil estava com uma cara meio de chorar. Aí eu falei: ‘Sabe de uma coisa? Vocês já foram na casa de alguém para comunicar a morte? Eu já fui. Então falem o que aconteceu, digam!’ Aí me contaram que eu tinha um tumor. E eu disse: ‘Então vamos tratar’.

-Existia a possibilidade de operar o tumor, em vez de fazer o tratamento que o senhor fez.

Na realidade, isso nem foi discutido. Eles chegaram à conclusão de que tinha que fazer o que tinha que fazer para destruir o bicho [quimioterapia seguida de radioterapia], que era o mais certo. Eu disse: ‘Vamos fazer’.

O meu papel, então, a partir dessa decisão, era cumprir, era obedecer, me submeter a todos os caprichos que a medicina exigia. Porque eu sabia que era assim. Não pode vacilar. Você não pode [dizer]: ‘Hoje eu não quero, não ‘tô’ com vontade’.

-O senhor rezava, buscou ajuda espiritual?

Eu rezo muito, eu rezo muito, independentemente de estar doente.

-Fez alguma promessa?

Não.

-Existia também uma informação de que o senhor procurou ajuda do médium João de Deus.

Eu não procurei porque não conhecia as pessoas, mas várias pessoas me procuraram e eu sou muito agradecido. Várias pessoas vieram aqui, ainda hoje há várias pessoas me procurando. E todas as que me procurarem eu vou atender, conversar, porque eu acho que isso ajuda.

-E como será a vida do Sr. a partir de agora? Vai seguir com suas palestras?

Eu não quero tomar nenhuma decisão maluca. Eu ainda estou com a garganta muito dolorida, não posso dizer que estou normal porque, para comer, ainda dói.

Mas acho que entramos na fase em que, daqui a alguns dias, eu vou acordar e vou poder comer pão, sem fazer sopinha. Vou poder comer pão com aquela casca dura. Vai ser o dia!

Eu vou tomando as decisões com o tempo. Uma coisa eu tenho a certeza: eu não farei a agenda que já fiz. Nunca mais eu irei fazer a agenda alucinante e maluca que eu fiz nesses dez meses desde que eu deixei o governo. O que eu trabalhei entre março e outubro de 2011… Nós visitamos 30 e poucos países.

Eu não tenho mais vontade para isso, eu não vou fazer isso. Vou fazer menos coisas, com mais qualidade, participar das eleições de forma mais seletiva, ajudar a minha companheira Dilma [Rousseff] de forma mais seletiva, naquilo que ela entender que eu possa ajudar. Vou voltar mais tranquilo. O mundo não acaba na semana que vem.

-Quando é que o senhor começa a participar da campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo?

Eu acho o Fernando Haddad o melhor candidato. São Paulo não pode continuar na mesmice de tantas e tantas décadas. Eu acho que ele vai surpreender muita gente. E desse negócio de surpreender muita gente eu sei. Muita gente dizia que a Dilma era um poste, que eu estava louco, que eu não entendia de política. Com o Fernando Haddad será a mesma coisa.

-O senhor vai pedir à senadora Marta Suplicy para entrar na campanha dele também?


Eu acho que a Marta é uma militante política, ela está na campanha.

-Tem falado com ela?

Falei com ela faz uns 15 dias. Ela me ligou para saber da saúde. Eu disse que, quando eu sarar, a gente vai conversar um monte.

-E em 2014? O senhor volta a disputar a Presidência?

Para mim, não tem 2014, 2018, 2022. Deixa eu contar uma coisa para vocês: eu acabei de deixar a Presidência da República, tem apenas um ano e quatro meses que eu deixei a Presidência.

Poucos brasileiros tiveram a sorte de passar pela Presidência da forma exitosa com que eu passei. E repetir o que eu fiz não será tarefa fácil. Eu sempre terei como adversário eu mesmo. Para que é que eu vou procurar sarna para me coçar se eu posso ajudar outras pessoas, posso trabalhar para outras pessoas?

E depois é o seguinte: você precisa esperar o tempo passar. Essas coisas você não decide agora. Um belo dia você não quer uma coisa, de repente se apresenta uma chance, você participa.

Mas a minha vontade agora é ajudar a minha companheira a ser a melhor presidenta, a trabalhar a reeleição dela. Eu digo sempre o seguinte: a Dilma só não será candidata à reeleição se ela não quiser. É direito dela, constitucional, de ser candidata a presidente da República. E eu terei imenso prazer de ser cabo eleitoral.”

FONTE: entrevista realizada por Cláudia Collucci e Mônica Bergamo, na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/poder/1069313-sem-voz-estaria-morto-diz-lula-em-entrevista-exclusiva.shtml). Também postada por Luis Favre em seu blog  (http://blogdofavre.ig.com.br/2012/03/recebi-uma-bomba-de-hiroshima-dentro-de-mim/).

AGRIPINO MAIA (novo líder do DEM) INVESTIGADO PELO MP POR RECEBER RECURSOS PÚBLICOS DESVIADOS EM CORRUPÇÃO

José Agripino Maia (senador DEM)

[OBS deste blog 'democracia&política': Agripino Maia (presidente do DEM) teria recebido mais de R$ 1 milhão da corrupção, com o desvio de recursos públicos do DETRAN-RN. Nos últimos dias, ele tem sido muito entrevistado pela grande mídia no caso do líder do seu partido, Demóstenes Torres, flagrado profundamente envolvido com o mundo do crime segundo a Polícia Federal. Nessas entrevistas, José Agripino Maia, que substituiu Demóstenes na liderança do DEM, apregoa pomposamente que "o DEM é o partido da ética e da moralidade". Deus livre o Brasil dessa ética e moralidade!!!]

A BATATA DO AGRIPINO (E DO “CERRA”) ESTÁ ASSANDO

Do portal “Conversa Afiada”:

“Saiu no Estadão, na pág. A8: “MP PEDE QUE JOSÉ AGRIPINO SEJA INVESTIGADO”.

O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Norte enviou ao “brindeiro” Gurgel (isso é um perigo !) pedido para investigar o presidente, líder e coronel do DEMO, Agripino Maia, o Varão de Plutarco do Rio Grande do Norte.

Agripino teria – “teria” – recebido R$ 1 milhão da máfia da inspeção veicular no Estado.

O dinheiro “teria” sido pago no sotão do apartamento do ilustre senador, em Natal.

Tudo isso está registrado na “Operação Sinal Fechado” da Polícia Federal.”

MP PEDE QUE JOSÉ AGRIPINO SEJA INVESTIGADO

Por Fábio Fabrini, da "Agência Estado"

“O Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da República pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da inspeção veicular em seu Estado. Em depoimento, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, preso na “Operação Sinal Fechado”, relatou o “suposto” repasse de R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do RN, Rosalba Ciarlini (DEM).

Carlos e Agripino. O "empresário" José Gilmar de Carvalho Lopes, preso na “Operação Sinal Fechado”, relatou à PF ter repassado R$ 1 milhão do esquema DETRAN a Carlos Augusto Rosado e a Agripino Maia

Segundo a “Promotoria de Defesa do Patrimônio Público”, Lopes é sócio oculto do advogado George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros projetos do DETRAN-RN. Nas declarações de 24 de novembro, mesmo dia das prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito pagamentos a Agripino e a Rosado.

O valor “teria sido” pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação “teria ocorrido” no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba.

Agripino pediu ao "grupo Estado" que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima, que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava “sob efeito de medicamentos” quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal Federal investigação contra o senador.

A “Operação Sinal Fechado” apurou o desvio de recursos do DETRAN-RN para empresas de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens para favorecê-las em licitação e contratos públicos. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

FONTE: reportagem de Fábio Fabrini, da Agência Estado, publicada no “O Estado de São Paulo”  (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mp-pede-que-jose-agripino-seja-investigado,855514,0.htm). Postagem do portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/03/30/a-batata-do-agripino-e-do-cerra-esta-assando/) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

COMPLEMENTAÇÃO: reportagem da “Folha”

"Em depoimento ao MP, empreiteiro diz que [novo] presidente do DEM [José Agripino Maia] recebeu R$ 1 milhão em dinheiro [público desviado] "para campanha de 2010"

Por Carlos Madeiro, do portal UOL, em Maceió

[Agripino Maia é acusado de ter recebido R$ 1 milhão de recursos públicos desviados para a sua campanha de 2010 no RN. O senador, que desde terça-feira (27) é o líder do partido no Senado, "nega veementemente a denúncia"]

O MP-RN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) encaminhou à Procuradoria Geral da República um depoimento do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, no qual ele afirma que o senador (e presidente nacional do DEM), José Agripino Maia, teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro “vivo” para a campanha de 2010 no Estado. O senador, que desde terça-feira (27) é o líder do partido no Senado, nega veementemente a denúncia.

O depoimento do empresário --que é dono da construtora Montana, uma das maiores do Rio Grande do Norte--, foi dado em novembro de 2011, durante as investigações de um suposto esquema montado para manter o monopólio indevido nas inspeções ambientais veiculares no Estado, que poderia render R$ 1 bilhão aos acusados.

Ao todo, 36 pessoas foram denunciadas e 27 tiveram a denúncia aceita --entre elas o suplente de Agripino Maia-- e se tornaram réus no processo da operação “Sinal Fechado”. As fraudes teriam sido realizadas com a participação de políticos, ex-governadores e servidores do DETRAN-RN (Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte).

O depoimento vazou do processo, que corre em segredo de Justiça, e foi publicado por blogs e sites do Rio Grande do Norte na quinta-feira (29).

À reportagem do UOL, a assessoria de imprensa do MP-RN confirmou a veracidade do depoimento e que o documento foi remetido para a Procuradoria-Geral da República, já que o senador tem foro privilegiado, para que decida se uma investigação será aberta ou não [Teme-se que o PGR Roberto Gurgel faça o mesmo que fez com o processo sobre as ligações do então líder do DEM Demóstenes Torres. Gurgel teria engavetado o processo por quase três anos!] . Por sua vez, o MP-RN não soube informar como o documento foi parar na mão de jornalistas potiguares.

No depoimento, Gilmar afirmou que o repasse do R$ 1 milhão --que seria fruto do desvio de recursos públicos do DETRAN-RN-- teria sido feito pelo advogado George Olímpio, que foi preso e denunciado na operação “Sinal Fechado” Além do declarante, uma advogada e dois promotores assinam o documento.

O empresário contou aos promotores que George assegurou que “deu R$ 1 milhão em dinheiro, de forma parcelada, na campanha eleitoral de 2010 a Carlos Augusto Rosado (marido da governadora Rosalba Ciarlini, também do DEM) e José Agripino Maia, e que essa doação foi acertada no sótão do apartamento de José Agripino Maia em Morro Branco (bairro nobre de Natal).”

No depoimento, dado no mesmo dia em que foi detido pela polícia, o empresário deu vários detalhes sobre a suposta distribuição de propina e lucros advindos do valor recolhido do contrato de prestação de serviço de inspeção veicular ambiental do Rio Grande do Norte.

Segundo a denúncia feita pelo MP, após as investigações que resultaram na operação “Sinal Fechado”, George Olímpio e Gilmar Lopes fariam parte da “organização criminosa” que elaborou e fraudou concorrência pública no DETRAN-RN para garantir o domínio da inspeção veicular no Estado, contando com a participação de agentes públicos.

Entre os denunciados pelo MP, estão os ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza, ambos do PSB, que são acusados de receber propina da organização criminosa. Para o MP, uma das principais provas foi o depoimento prestado por Gilmar ao MP. Os ex-governadores negam a denúncia. Outro denunciado é o suplente de José Agripino Maia no Senado, João Faustino. Todos já são réus no processo, pois a denúncia contra os 27 acusados foi aceita pela Justiça potiguar.

Sobre o esquema, o MP diz que “tudo bem articulado para que o Consórcio INSPAR se sagrasse, como ocorreu, vitorioso na concorrência em comento, cujo contrato administrativo representava, em volume de recursos, o maior contrato já celebrado pelo Departamento de Trânsito do Estado do Rio Grande do Norte, havendo perspectiva de faturamento anual de cerca de R$ 50 milhões de reais, e, portanto, de mais de R$ 1 bilhão nos 20 anos de prazo da concessão”. George Olímpio é citado como um dos três responsáveis pela elaboração do edital de licitação direcionado. Ele também é apontado nas investigações como distribuidor da propina aos agentes públicos do Rio Grande do Norte.

“SOB EFEITO DE MEDICAMENTOS” [sic!]

Em nota encaminhada ao UOL, a assessoria do senador José Agripino Maia informou que "de acordo com o advogado criminal José Luiz Carlos de Lima, o empresário Gilmar da Montana, seu cliente, desmentiu o depoimento no qual fez referência à suposta doação a campanha de José Agripino."

Segundo a nota, "o advogado informou que o empresário fez as primeiras afirmações sob efeitos de medicamentos, sem estar acompanhado de um advogado criminal e logo depois de ser preso, o que prejudicou e distorceu o teor das declarações. Segundo José Luiz Carlos de Lima, nos depoimentos seguintes e na defesa preliminar remetida à Justiça, Gilmar negou peremptoriamente ter informação sobre doação para campanha."

A assessoria ainda afirmou que, no depoimento vazado, "Gilmar da Montana não acusou diretamente José Agripino ou qualquer pessoa. Apenas disse que tinha ouvido dizer de outro empresário que esse teria feito doações. Ou seja, em nenhum momento o empresário foi testemunha do que acusou e depois se desmentiu."

FONTE: portal UOL/Folha  (http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2012/03/30/em-depoimento-ao-mp-empreiteiro-diz-que-presidente-do-dem-recebeu-r-1-mi-em-dinheiro-para-campanha-de-2010.htm) [Título e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

CACHOEIRA -“VEJA”: UM MURDOCH BRASILEIRO?

O empresário do crime Carlinhos Cachoeira e o editor-chefe Policarpo Jr.(da "Veja"): centenas de ligações secretas entre os dois reveladas na “Operação Monte Carlo”


Ruppert Murdoch

Por Brizola Neto, com artigo do site “Brasil 247”:

“Relações incestuosas e, portanto, desvirtuadas, entre jornalistas e fontes já causaram prisões e fecharam uma publicação secular. Na Inglaterra, ano passado. Diretora-executiva da “News Corp.”, o conglomerado de mídia do magnata Ruppert Murdoch, a jornalista Rebekah Brooks chegou a ser presa pela polícia inglesa, interrogada por 12 horas e libertada sob fiança somente após contar o que sabia a respeito do trabalho de apuração que incluía escutas ilegais sobre personalidades do país e aquisição de informações com policiais mediante pagamentos em dinheiro.

O jornal “The News of the World”, que veiculava o material obtido na maior parte das vezes por aqueles métodos, teve de ser fechado por Murdoch, depois de mais de cem anos de publicação, por força dos protestos dos leitores e do público em geral. Eles se sentiram ultrajados com o, digamos, jeitinho que a redação agia para obter seus furos. Os patrões Ruppert e seu filho James precisaram dar explicações formais ao Parlamento Britânico sobre as práticas obscuras. Ali, foram humilhados até mesmo por um banho de espuma a contragosto.

No Brasil, neste exato momento, a revista impressa de maior circulação do país [“Veja”] está com seus métodos de apuração igualmente colocados em xeque. Afinal, o caso das duzentas ligações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, nas investigações da “Operação Monte Carlo”, envolve num circuito fechado, e privilegiado, um contraventor especializado em se infiltrar em grandes estruturas do 'establishment', e o atual número dois da revista.

O jornalista Policarpo Jr., que acumula o cargo de diretor da sucursal de Brasília, pode até ser visto como o número três ou quatro na hierarquia interna, à medida em que, em seu último arranjo de poder, o diretor de redação Eurídes Alcântara estabeleceu o singular modelo de ter três editores-chefe na publicação. Mas com, pelo menos, quinze anos de serviços prestados à revista no coração do poder, Policarpo, reconhece-se, é “o cara”. Ele foi repórter especial e seu estilo agressivo de atuar influenciou a atual geração de profissionais de “Veja”. Eles são temidos por sua capacidade de "levantar" [ou criar?] escândalos, promover julgamentos morais e decretar o destino de reputações. A revista, a cada semana, se coloca como uma espécie de certificadora da moral e dos bons costumes no País, sempre pronta a baixar a marreta sobre o que julga fora dos seus padrões.

O problema, para “Veja”, é que o jogo de mão entre Policarpo Jr. e Carlinhos Cachoeira pode ter sido pesado, apesar de ainda não estar claro. O silêncio da revista a respeito não contribui em nada para o seu esclarecimento. A aparente relação de intimidade pessoal entre editor-chefe e o contraventor não apenas não é um fato como outro qualquer, como pode ser a ponta do maior escândalo de mídia já visto no Brasil. A não publicação, na edição de “Veja” que está nas bancas, da surpreendente descoberta de ligações perigosas entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) – que na terça-feira 26, sob intensa pressão, renunciou ao posto de líder do partido no Senado – e Cachoeira acentuou a percepção generalizada de que o bicheiro e o jornalista tinham um ou alguns pactos de proteção e ajuda. Será?

Em nome de ter a notícia em primeira mão, é admissível, do ponto de vista ético, ao profissional da mídia, manter relacionamentos privilegiados com quem ele considerar importante para esse fim. Inclusive, contraventores. O que não é eticamente aceitável é fazer com que esses relacionamentos derivem para a não publicação de notícias ou a divulgação parcial [ou distorcida] dos fatos.

O ex-governador José Serra, recentemente, foi apontado pelo ex-ministro em plena queda Wagner Rossi como um dos pauteiros (aquele que define os assuntos a serem abordados) da “Veja”. Pode ter sido um efeito de retórica do Rossi flagrado pela revista como dono de uma mansão incompatível com seu histórico de homem público. Mas jamais, como agora, houve a suspeita real de que um contraventor pudesse exercer o mesmo papel de, digamos, pauteiro externo da revista. A interrogação é procedente na medida em que, especialmente em Brasília, circulam rumores de que Policarpo comentaria abertamente com Cachoeira os assuntos que seriam abordados em edições futuras da revista e as angulações editoriais das reportagens.

Para qualquer um que trabalhe com informação, conhecer por antecipação o conteúdo da “Veja” é uma grande vantagem competitiva. Um assessor de imprensa, por exemplo. A posse desse tipo de ativo pode representar a diferença entre um bom contrato e nenhum contrato. Se se abre o espaço para a indicação de assuntos, então, ai o lobista entra no paraíso, passando a ter condições de posicionar seus interesses em espaços nobres que vão da capa à última folha do papel tipo bíblia de “Veja”, passando pela prestigiada sessão de entrevistas, as “páginas amarelas”. Será?

Na Inglaterra, em meio às primeiras informações sobre o real modo de agir dos jornalistas do “The News of the World”, a primeira reação da casa foi também a de silêncio. Em seguida, negativas. Mas os desdobramentos do caso, que incluíram o suicídio de um ex-alto funcionário do governo britânico, levantaram o véu da farsa e a verdade, finalmente, mostrou sua face.

Na versão tupi, a suspeita é de que tenha ocorrido, entre Policarpo e Cachoeira, bem mais do que acontece num relacionamento normal entre jornalista e fonte de informação. Cachoeira, via Policarpo, talvez tenha se tornado observador privilegiado da construção semanal da pauta política da revista, especialmente durante a eclosão do “escândalo do mensalão”, como afirmou ao blog “247” o ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula.

Em nome de ter a notícia em primeira mão, é admissível, do ponto de vista ético, ao profissional da mídia manter relacionamentos privilegiados com quem ele considerar importante para esse fim. Mas quase nunca é aceitável fazer com que esses relacionamentos derivem para a não publicação de notícias ou a divulgação parcial dos fatos.

Normalmente, o mundo político espera uma edição da revista “Veja” para conhecer o conteúdo que ela apresenta sobre os outros. Neste final de semana, o que se quer saber é o que “Veja” falará dela mesma.”

FONTE: artigo do do site “Brasil 247” transcrito no blog “Tijolaço”  (http://www.tijolaco.com/cachoeira-veja-um-murdoch-brasileiro/) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

FOGUETE DE TREINAMENTO (FTB) É LANÇADO NA BARREIRA DO INFERNO (veja vídeo)

Monumento na entrada do CLBI, com um FTB

“O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), realizou (em 29/03) lançamento do "Foguete de Treinamento Básico" (FTB), artefato capaz de atingir até 30 km de altitude, na chamada Estratosfera. O objetivo é capacitar o CLBI a lançar e rastrear foguetes, além de obtenção de dados de voo para a qualificação e certificação do FTB.

CLBI, em Natal-RN

O foguete, de 68,3 kg e 3,05 metros de comprimento, queima por apenas 4 segundos, o que é suficiente para aceleração de até 35 vezes a força da gravidade. O FTB faz parte de uma família nacional de foguetes desenvolvida pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA/FAB) e fabricada pela empresa brasileira Avibras.

Esse foi o primeiro de uma série de lançamentos prevista no "Programa Nacional de Atividades Espaciais" (PNAE) para o ano de 2012. Além do CLBI e do DCTA, participam do treinamento outras unidades do Comando da Aeronáutica, Agência Espacial Brasileira (AEB), o 3° Distrito Naval e a Avibras.



FONTE: portal da FAB  (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=30/03/2012&page=mostra_notimpol) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

BRASIL REGISTRA MAIOR SUPERÁVIT PRIMÁRIO PARA FEVEREIRO (desde o início da série histórica em 2001)


Por Daniel Lima, repórter da Agência Brasil

“O setor público consolidado (governo federal, estados, municípios e empresas estatais) registrou superávit primário, que são receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida, de R$ 9,514 bilhões em fevereiro deste ano. É o maior resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 2001.

Mesmo com o resultado, o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 18,269 bilhões. Com isso, houve déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, de R$ 8,755 bilhões.

Em fevereiro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 5,317 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) fecharam o mês com superávit primário de R$ 5,070 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit de R$ 872 milhões.

Em 12 meses encerrados em fevereiro, o superávit primário do setor público chega a R$ 138,579 bilhões, o que representa 3,33% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB).

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO CHEGA A R$ 1,5 TRILHÃO EM FEVEREIRO
A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,563 trilhão, em fevereiro. Esse resultado representa 37,5% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), uma elevação de 0,3% em relação a janeiro de 2012.

A dívida líquida do setor público é um balanço de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais e das empresas estatais.

DÍVIDA BRUTA

Outro indicador fiscal divulgado pelo BC é a dívida bruta do Governo Geral (governos federal, estaduais e municipais e Previdência Social), muito utilizado para fazer comparações com outros países. Essa dívida alcançou R$ 2,322 trilhões, o que representou 55,7% do PIB, em fevereiro, uma elevação de 0,9% em relação ao mês anterior.”

FONTE: reportagem de Daniel Lima, repórter da Agência Brasil (edição: Juliana Andrade)  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-30/brasil-registra-maior-superavit-primario-para-fevereiro-desde-inicio-da-serie-historica) e  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-30/divida-liquida-do-setor-publico-chega-r-15-trilhao-em-fevereiro) [Imagem e gráficos do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’].

DILMA E OS BRICS CALAM A PSEUDOELITE

Ué, cadê o "Cerra" ? E o FHC ? Não foi ?

Por Paulo Henrique Amorim

“Antes que o PiG (*) diga que o encontro dos BRICS em Nova Delhi 'foi um fracasso' e que 'a Dilma não brilhou', o ansioso blogueiro visitou a imprensa da Índia e agências internacionais de notícias para saber o que aconteceu.

Por exemplo, descobriu que, de fato, os BRICS deram o primeiro passo para criar um Banco de Desenvolvimento, como contrapeso ao Banco Mundial (controlado, desde 'Bretton Woods', pelos Estados Unidos).

Esse novo banco de desenvolvimento tentará converter o poder econômico dos BRICS em influência diplomática coletiva”.

Além do banco de desenvolvimento, o objetivo é aproximar as Bolsas de Valores dos países dos BRICS.

E estimular o comércio nas próprias moedas.

Por exemplo: no encontro, Rússia e Índia anunciaram que, em três anos, passarão a comercializar em suas próprias moedas.

(Como a China é rival das duas, é provável que, breve, a China faça o mesmo, para entrar no jogo – PHA)

Por falar em maior “influência diplomática”:

Os BRICS rejeitaram a ação unilateral americana contra o Irã.

A suspensão da compra de petróleo elevou os preços e, segundo os BRICS, isso prejudica a recuperação econômica mundial.

A Rússia queria uma condenação mais forte contra os Estados Unidos, mas os outros países atenuaram a linguagem.

Os BRICS querem uma solução diplomática para Síria.

E lamentaram a lentidão com que o FMI tenta reerguer a economia mundial.

Por mais que os colonistas (*) do PiG (**) lamentem, os BRICS se tornaram uma força política irremediável.

A "elite" brasileira gostaria que BRICS fosse o acrônimo de Bélgica, Roma, Inglaterra, Califórnia e Suíça.

Já foi tempo, amigo navegante.

O Rei Leopoldo morreu.

Eles é que não sabem."

Em tempo: nem a Urubóloga – que voltou das férias e isso é uma ameaça à paz mundial – conseguiu falar mal da reunião de Nova Delhi. No “Bom (?) Dia Brasil”, ela, porém, disse que o Brasil não tem “competência” para exportar para a Índia. Ela não se contém …

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”

FONTE: escrito por Paulo Henrique Amorim no seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/03/29/dilma-e-os-brics-calam-a-elite/).

NA ÍNDIA, DILMA CONDENOU A ADOÇÃO ABUSIVA DE SANÇÕES À SÍRIA, PALESTINA E IRÃ


Por Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil

“A crise nos países muçulmanos foi tema do discurso da presidenta Dilma Rousseff quinta-feira (29), no encerramento da 4ª Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia. Dilma defendeu a busca pela paz na Palestina e na Síria e o direito de o Irã desenvolver seu programa nuclear, desde que com fins pacíficos. A presidenta defendeu a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, formado por 15 países, dos quais apenas cinco têm assento permanente [e direito de veto].

Dilma condenou, ainda, a adoção de sanções de forma indiscriminada e repudiou a violência e as violações aos direitos humanos. A presidenta ressaltou que o caminho é o da diplomacia e do diálogo. Segundo ela, os países do BRICS podem colaborar na busca pela paz. “Os olhos do mundo estão voltados para nós e somos, sem dúvida, a esperança”, disse.

Nas negociações sobre a definição territorial da Palestina, Dilma advertiu que a adoção de restrições econômicas e financeiras na região só agrava a situação como um todo. “[A adoção] indiscriminada de sanções tem provocado a deterioração das relações [como um todo]”, disse ela.

Em relação à onda de violência que domina a Síria há um ano, provocando pelo menos 9 mil mortos e denúncias de violações de direitos humanos, como estupros, torturas e agressões a crianças e adolescentes, a presidenta condenou os atos violentos.

Dilma lembrou que o Brasil apoia as negociações do "enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe" na Síria, Kofi Annan, que recomendou um plano de paz no país. Terça-feira (27), o presidente sírio, Bashar Al Assad, indicou que pretende adotar o plano, que prevê cessar-fogo [obviamente se for de ambos os lados da guerra civil] e a criação de um corredor humanitário, entre outros aspectos.

Para a presidenta, é fundamental também que o Irã tenha o direito de desenvolver seu programa nuclear. Ela ressaltou que o Brasil é favorável às pesquisas nucleares com fins pacíficos. A "comunidade internacional" [como se autodenominam Israel, EUA e seus aliados europeus] desconfia que os iranianos desenvolvam armas atômicas nas suas pesquisas.

Dilma chegou terça-feira (27) à Índia, onde fica até hoje (31). Também participaram das reuniões da 4ª Cúpula do BRICS o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Hu Jintao (China), Dmitri Medvedev (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul). Todos concederam entrevista coletiva conjunta na quinta-feira (29).”

FONTE: reportagem de Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil. Colaborou Karla Wathier, de Nova Delhi, na Índia. Editada por Juliana Andrade  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-29/na-india-dilma-condena-adocao-de-forma-indiscriminada-de-sancoes-citando-siria-palestina-e-ira) [Título, imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

sexta-feira, 30 de março de 2012

PSDB CENSURA REVISTA PRIVADA E DEMITE REPÓRTER QUE NÃO ABAFOU CRIMES TUCANOS


Repórter Celso de Castro Barbosa, à revista “CartaCapital”:  “FUI CENSURADO E INJURIADO”

Reportagem de Gabriel Bonis, em “CartaCapital” [recém-chegada às bancas]:

“A demissão de dois profissionais da revista de História [da não-governamental “Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional”-SABIN] semanas após a publicação de uma resenha favorável ao livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr – fato que despertou a ira de parlamentares do PSDB, alvo de denúncias na obra – colocou o veículo no centro de uma polêmica sobre suposta intervenção do partido no caso. A demissão foi apontada na imprensa na coluna do jornalista Elio Gaspari, na “Folha de S. Paulo”, da quarta-feira 28. [ver postagem imediatamente anterior a esta, abaixo, neste blog 'democracia&política'].

Publicado em 24 de janeiro, o texto do jornalista Celso de Castro Barbosa [ver na íntegra, mais adiante, sob o título “O JORNALISMO NÃO MORREU”] foi alvo críticas de tucanos, que liderados pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), ameaçaram processar a publicação, editada pela “Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional” (SABIN) e que, da Biblioteca Nacional, recebe apenas material de pesquisa e de iconografia [como qualquer cidadão pode solicitar e receber da Biblioteca].

Como resultado, a revista retirou a resenha do ar. “Fui censurado e injuriado”, diz o jornalista em entrevista a “CartaCapital”.

Barbosa destaca que a remoção do texto ocorreu apenas “após o chilique do PSDB” em 1º de fevereiro, nove dias depois da publicação em destaque na primeira página do site da revista. O motivo seria uma nota divulgada em um jornal carioca, segundo a qual a cúpula do partido estava “possessa” com a revista, tida [erradamente] pela legenda como “do governo”.

A evidente pressão externa fez com que o jornalista recebesse um chamado do editor-chefe da publicação, Luciano Figueiredo, naquele mesmo dia. “Ele [Figueiredo] disse concordar com quase tudo que havia escrito, mas o Gustavo Franco [ex-presidente do Banco Central no governo FHC] leu, não gostou e resolveu mobilizar a cúpula tucana.”

Para conter o movimento, relata, o editor-chefe se comprometeu a escrever uma nota assumindo a culpa pela publicação do texto. “Eu disse: ‘Culpa de que? Ninguém tem culpa de nada. É uma resenha de um livro.’”

No dia seguinte, o diário “O Globo” destacou a história e um pronunciamento da SABIN a dizer que os textos da revista são analisados pelos editores, mas aquela resenha não havia sido editada. “Subentende-se que publiquei por minha conta”, ironiza Barbosa.

Por outro lado, em matéria publicada na terça-feira 27 no site do “Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro”, dois editores da revista, Vivi Fernandes de Lima e Felipe Sáles, desmentem a SABIN e confirmam ter editado a resenha antes da publicação no site.

CRÍTICAS A SERRA

O texto de Barbosa destaca a vivacidade do jornalismo investigativo no livro e sugere que José Serra esteja “morto”. O ex-governador de São Paulo também é citado como a figura com a “imagem mais chamuscada” pelas denúncias, além de questionar a origem de seu patrimônio.

Inconformado com a resenha, Sergio Guerra chegou a enviar cartas de protesto à ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e a Figueiredo. Outros tucanos alegaram [erradamente] que a publicação “era pública”, trazia os nomes da presidenta Dilma Rousseff, e de Hollanda no expediente e recebia verba da Petrobrás. Logo, deveria se manter isenta de questões políticas. Mas Barbosa destaca que a dona da revista é a SABIN. “Uma entidade privada, composta inclusive por bancos.”

O patrocínio, defende, não seria impedimento para a manifestação de opiniões no veículo. “Não está escrito na Constituição que em revista patrocinada [também] pela Petrobras a manifestação contra eventuais adversários do governo é proibida.”

A revista, por outro lado, preferiu divulgar nota pedindo desculpas aos ofendidos pelo texto, além de alegar não defender “posições político-partidárias”.

Em meio ao ocorrido, Barbosa afirma ter sido ameaçado com um processo por Guerra e, após a pressão dos tucanos, seus editores avaliaram que seria melhor que trabalhasse em casa.

Devido à situação, o jornalista revela ter questionado o posicionamento de Figueiredo em um email aberto à redação, no qual perguntava sobre a nota que o editor-chefe escreveria em seu apoio. “Ele escreveu uma nota mentirosa e deu para o presidente da SABIN assinar. Depois, em 29 de fevereiro, me demitiu.”

Sobre a reação tucana, Barbosa acredita que o partido [PSDB] poderia ter agido de outra forma. “Vivemos em um país livre e a Constituição me garante o direito à opinião.”

O jornalista se refere a declarações de parlamentares do PSDB, que o chamaram de “servidor público a favor do aparelhamento do Estado”. “Se há algum erro no tom, é deles [tucanos], não meu. [Não sou servidor público e] sequer tinha carteira assinada, e cumpria jornada sem direito trabalhista.”

Um dos motivos pelo qual Barbosa processa a revista: “Na ação, também peço indenização por danos morais e uma retratação pela nota mentirosa.”

Procurada, a SABIN informou, via nota assinada pelo presidente da instituição, Jean-Louis Lacerda Soares, que “não interfere no conteúdo editorial da revista”, pois a “atribuição relacionada ao conteúdo é do Conselho Editorial”.

A sociedade nega ter sofrido interferência externa nas demissões e diz que o jornalista Celso de Castro Barbosa foi demitido pelo então editor Luciano Figueiredo, por sua vez, dispensado “exclusivamente por razões administrativas.”

A reportagem de “CartaCapital” também contatou Luciano Figueiredo por meio da assessoria de imprensa da “Universidade Federal Fluminense”, instituição na qual leciona [em regime de dedicação integral, exclusiva, segundo Castro Barbosa], e foi informada de que o historiador não poderia dar entrevistas.

Outra tentativa foi realizada por email, mas não houve resposta do professor até o fechamento desta reportagem.”

A seguir, o texto censurado pelo PSDB:


O JORNALISMO NÃO MORREU

Privataria Tucana” prova que a reportagem de investigação está viva e José Serra, aparentemente, morto

Celso de Castro Barbosa

"Engana-se quem imagina morta a reportagem de investigação no Brasil. Embora os jornalões, revistas semanais e emissoras de TV emitam precários sinais vitais do gênero, ele está vivíssimo, como prova “A Privataria Tucana”, livro do premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.


Lançado em dezembro e recebido pela grande imprensa com estridente silêncio, seguido de críticas que tentaram desqualificar a reportagem e o autor, o sucesso do livro, já na terceira edição e no topo das listas dos mais vendidos, não se deve a suposto sentimento antitucano. Até porque os fatos objetivos relatados não poupam o PT. Não há santos na “Privataria”.


Com base em documentos oficiais, da CPI do Banestado e em outros que o autor conseguiu em cartórios, Amaury torna pública a relação de dirigentes do PSDB e a abertura de contas no exterior de empresas de fachada, responsáveis pelo retorno ao Brasil do dinheiro sujo da corrupção. Dinheiro que voltou, naturalmente, limpo.


Muita gente deve explicações à Justiça que, nesse episódio como em outros envolvendo expressivos representantes da elite brasileira, move-se a passos de tartaruga. Ou simplesmente não se move. Pelo cargo que ocupou na época das tenebrosas transações, as privatizações da era FHC, José Serra, então ministro do Planejamento e depois duas vezes candidato à presidência, prefeito e governador de São Paulo, é quem tem a imagem mais chamuscada, para não dizer estorricada, ao fim da “Privataria Tucana”.


De origem humilde, o tucano paulista exibe patrimônio incompatível com os rendimentos de um político. Tudo em nome de sua filha, Verônica, que, ao lado de Ricardo Sérgio, tesoureiro das campanhas de Serra e Fernando Henrique, emergem como principais parceiros do ex-governador no propinoduto que marcou a venda das empresas de telecomunicação.


Além de jogar uma pá de cal na aura de honestidade de certos tucanos, o livro de Amaury tem ainda o mérito de questionar, involuntariamente, a atuação da grande imprensa no país. Agindo como partido único, onde só é permitida uma única opinião, jornais, revistas e mídia eletrônica defenderam, com unhas e dentes, a privatização. O principal argumento era a vantagem que traria aos consumidores: eficiência e tarifas baixas por causa da concorrência. Passados mais de dez anos, o Brasil cobra tarifas de telefone das mais altas do planeta e as concessionárias são campeãs de reclamação nos Procons.


Não bastasse, ao ignorar o lançamento do livro, a imprensa hegemônica mostra sua face semelhante à dos piratas: um olho tapado, que nada vê, e outro atento à movimentação dos adversários.”

FONTE: reportagem de Gabriel Bonis, na revista “CartaCapital”. Transcrita no portal “Viomundo”  (http://www.viomundo.com.br/denuncias/celso-de-castro-barbosa-a-cartacapital-%e2%80%9cfui-censurado-e-injuriado%e2%80%9d.html) [Título, imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Elio Gaspari: PATRULHA E CENSURA [TUCANA NA MÍDIA]


Por Elio Gaspari:

“Diga qual foi a publicação onde aconteceu isso:

Tendo publicado em seu site uma resenha favorável a um livro, ela foi denunciada pela direção de um partido político [PSDB] e daí resultaram os seguintes acontecimentos:

1) A resenha foi expurgada.

2) O autor do texto foi dispensado.

3) Semanas depois o editor da revista foi demitido.

Isso aconteceu na revista "História", o livro resenhado foi "A Privataria Tucana", a denúncia partiu do doutor Sérgio Guerra, presidente do PSDB. O jornalista dispensado foi Celso de Castro Barbosa e o editor demitido foi o historiador Luciano Figueiredo.

Em nove anos de poder, não há registro de que o comissariado petista com suas teorias de “intervenção na imprensa” [conforme acusa a mídia e a oposição] tenha conseguido desempenho semelhante [a tal acusada “intervenção” é somente debate sobre regulações existentes nos países desenvolvidos, para eventual implantação no Brasil, onde a imprensa atualmente não tem qualquer regulação].

A revista é editada pela “Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional”, [sociedade privada] que pouco tem a ver com a administração da veneranda instituição. No episódio, sua suposta amizade [de quem com quem?] ofendeu a ideia [do PSDB? de Sergio Guerra?] de ‘pluralidade essencial às bibliotecas’.[e das revistas privadas!?!]”

FONTE: escrito por Elio Gaspari e publicado na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/33866-a-cachoeira-de-demostenes-torres.shtml) [Título, imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].[Ver sobre o assunto a postagem imediatamente acima]

JUSTIÇA CONDENA GOVERNO FHC: SOCORRO A CACCIOLA FOI CRIME

Saiu no “Globo”:

JUIZ FEDERAL CONDENA ENVOLVIDOS NO ESCÂNDALO MARKA E FONTECINDAM

Por Lino Rodrigues e Ronaldo Dércole, no Globo:

“SÃO PAULO e RIO — Após um processo que já dura 13 anos, o juiz Ênio Laércio Chappuis, da 22ª Vara Federal do Distrito Federal, condenou por improbidade administrativa e ao ressarcimento de uma soma bilionária aos cofres públicos os principais envolvidos no escândalo [no governo FHC] que ficou conhecido como “Marka e FonteCindam”. As condenações decorrem de duas ações civis, uma pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), e outra popular, e atingem sete pessoas, entre elas ex-dirigentes do Banco Central, como Francisco Lopes, Cláudio Mauch, Tereza Grossi e Demóstenes Madureira de Pinho Neto, e o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que já havia sido condenado criminalmente e cumpriu pena de prisão.

Salvatore Cacciola, do Banco Marka

Francisco Lopes, Presidente do BC no governo FHC/PSDB, envolvido no escândalo [Será que alguma coisa cheirou mal para os dois acima?]  
As sentenças, proferidas no último dia 13, atingem também o Banco Central, a BM&F Bovespa, o BB Banco de Investimentos e o Marka, e determina que os réus terão de ressarcir danos ao erário de cerca de R$ 895,8 milhões, em valores de fevereiro de 1999. O magistrado ainda declarou nula “a operação de 'socorro' feita pelo Banco Central do Brasil ao banco Marka”.

Na esfera criminal, os principais envolvidos no escândalo já foram condenados a penas que variam de seis a 15 anos de prisão, mas aguardam decisão de recursos. No caso de Cacciola, que foi condenado a 13 anos por crime de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público, ele cumpriu três anos e 11 meses de prisão no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Desde agosto do ano passado, ele está em liberdade condicional.
(…)
Na crise cambial deflagrada [no governo FHC/PSDB] em janeiro de 1999 pela mudança do sistema de câmbio no país, quando o regime de bandas fixas deu lugar ao da “banda diagonal hexógena”, o Banco Central saiu em socorro do Marka e do FonteCindam, ao vender dólares a R$ 1,25 para as duas instituições, quando a moeda americana era cotada a R$ 1,30 no mercado. Com a operação, os bancos puderam cobrir as posições vendidas que tinham no mercado futuro de câmbio da Bovespa e escaparam de ser liquidados pelo BC.
(…)
Na sentença da ação civil pública, de 94 páginas, o juiz Chappuis anexa um bilhete de Cacciola pedindo ajuda a Francisco Lopes, que presidia o BC. Nele, Cacciola trata Lopes na primeira pessoa e diz textualmente: “Preciso da tua ajuda… é muito importante para mim, para você e para o país. Caso você não consiga me receber, preciso de uma, muito maior, interferência sua no sentido do Mauch (diretor de Fiscalização do BC à época) ser menos rigoroso e aceitar a negociação em um preço razoável. O ideal, mesmo assumindo um prejuízo enorme, seria R$ 1,25, porém, está distante da vontade do diretor”.

Sobre o teor dessa correspondência, o juiz acrescenta em sua sentença o seguinte comentário: “Considerando o pronome de tratamento utilizado e tendo em vista que foi dirigido a uma autoridade pública, esse bilhete, de fato, revela a existência de uma relação de intimidade entre Cacciola e Francisco Lopes, chegando à promiscuidade”.

Procurado para falar sobre a sentença da 22ª Vara Federal, Francisco Lopes ironizou, comentando que “decisões de primeira instância costumam ser midiáticas”:

—"A expectativa dos advogados era de que o juiz levaria em conta a avaliação feita pelo perito, que foi favorável aos réus. Mas já que o juiz decidiu ir contra a avaliação feita pelo perito, que ele mesmo nomeou, só nos resta agora recorrer".

Ao justificar a condenação da BM&F Bovespa, o juiz argumenta que “dentro das regras, a BM&F possuía mecanismos de garantia que teriam possibilitado ao banco Marka honrar as suas operações… para evitar prejuízo ao mercado”. E em vez de usar “mecanismos lícitos”, o BC optou por “prestar um socorro ilegal”, que também beneficiava a BM&F, escreveu o juiz. “A BM&F também deve ser responsabilizada uma vez que, por seus agentes, agiu de forma fraudulenta quando do encaminhamento da carta ao BC. Além disso, também foi beneficiada pelo socorro dado ao banco Marka”.

— "A bolsa tem convicção de que não deveria ser incluída como ré no processo, na medida em que foi apenas o local onde a operação foi realizada" — disse ontem (28) o presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, informando que a instituição recorrerá.

Além da pena financeira, a sentença suspende os direitos políticos dos réus por oito anos e determina a perda dos cargos públicos. E, no caso de Claudio Mauch e Tereza Grossi, funcionários aposentados do BC, o juiz estende “a sanção de perda de cargo público às aposentadorias”.
(…)
[PHA: "Falta alguém em Nuremberg.”]

FONTE: escrito por Paulo Henrique Amorim (PHA) no seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/03/29/justica-condena-governo-fhc-socorro-a-cacciola-foi-crime/) [Imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Demóstenes, DEM, mídia e oposição: “AO SABOR DO PRÓPRIO VENENO”

Demóstenes Torres já olha o chão

Por Raquel Ulhôa, no jornal “Valor”

“Demóstenes Torres sempre agiu em público [cinicamente] como se não tivesse rabo preso. Articulado, conhecedor da Constituição e das leis, costumava tratar com firmeza colegas acusados de corrupção ou irregularidade. Todo mundo tem uma história para contar, ilustrando a “coragem” e a “ousadia” do senador.

Como quando atuou pela cassação de Renan Calheiros, então presidente da Casa. Ou por ter sido o primeiro a usar a expressão “mensalão do DEM”, seu próprio partido, e pedir a expulsão do então governador José Roberto Arruda (DF) da legenda. Mais recentemente, por ter dito que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estavam “dançando na boquinha da garrafa”, na análise do registro do PSD.

Até o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi vítima. Quando as representações contra Antonio Palocci foram arquivadas, Demóstenes disse que Gurgel havia se “acovardado”, com receio de não ser reconduzido ao cargo.

Em dezembro, o senador, ao microfone, acusou José Sarney, presidente do Senado, de “burlar”, de maneira “torpe”, acordo entre as lideranças, para facilitar a votação da “Desvinculação de Receitas da União” (DRU). Dedo em riste, Sarney cobrou “respeito”. A reação foi um pedido de desculpas.

COLEGAS DO SENADOR FALARAM EM RENÚNCIA OU CASSAÇÃO

O presidente do Senado já havia sido cutucado com vara curta por Demóstenes, quando a imprensa revelou que, sob seu comando, a administração do Senado [continuou práticas anteriores de adotar] “atos secretos” para nomear parentes, criar cargos e aumentar salários. Da tribuna, o demista defendeu que Sarney se afastasse do caso, por não ter condições de comandar a apuração.

Ex-procurador-geral de Justiça de Goiás por duas vezes e secretário de Segurança Pública do Estado em gestão anterior de Marconi Perillo (PSDB), Demóstenes foi eleito a primeira vez senador em 2002, aos 41 anos. Articulado, logo ganhou espaço na mídia. Sua gestão à frente da Comissão de Constituição e Justiça é elogiada até por [ingênuos] adversários.

Por essas e outras, Demóstenes cumpria papel importante para a oposição, já abatida pela drástica redução numérica em 2010 e pela perda de figuras destacadas no enfrentamento ao governo, como Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Heráclito Fortes. Aliados mais empolgados falavam até em candidatura de Demóstenes para presidente da República [!!!...].

Hoje, ele luta para não perder o mandato. Quem o vê, constrangido, envergonhado, quatro quilos mais magro desde que surgiram os primeiros vazamentos de informação mostrando sua proximidade com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira – acusado de chefiar exploração ilegal de jogos em Goiás -, pensa que Demóstenes não tem estrutura para aguentar o que vem por aí: inquérito no STF e provável processo por quebra de decoro parlamentar.

A hipótese mais considerada é a de uma renúncia. Ou cassação, se ele enfrentar o processo. O demista se indispôs com tantos colegas que há um gostinho – inconfessável- de vingança por parte de alguns. Ele está nas mãos de quem acusou e de outros que se sentem traídos. Por telefone, está pedindo compreensão e prometendo dar, em momento oportuno, explicações para os sinais de proximidade com Cachoeira e de ter tirado vantagem dessa relação.

A contratação de Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, advogado de políticos bem encrencados, revelou o tamanho da preocupação. Não se sabe o que revelam as cerca de 300 escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal de conversas entre ele e Cachoeira. O volume de ligações, por si só, é estranhíssimo. O senador não explicou por que ganhou celular habilitado nos Estados Unidos, com sistema antigrampo, exclusivamente para falar com o “amigo”, a quem [entre outras falcatruas já reveladas] pede dinheiro em uma conversa.

Para Randolfe Rodrigues, líder do PSOL, é grave o “provável [sic] envolvimento junto a uma organização criminosa”. Quarta-feira (28), protocolou representação na Mesa Diretora para que o Conselho de Ética abra processo disciplinar, que pode levar à cassação. O conselho nem tem presidente [O atual, também do DEM, renunciou, talvez para haver necessidade de nova eleição e, assim, protelar o julgamento]. E o regimento dá brechas a várias manobras protelatórias. Mas, lançar ou não mão delas depende dos interesses políticos.

Demóstenes está isolado. Depende da proteção de Sarney, que comanda a Casa, e de Renan, líder da maior bancada. O DEM tem apenas cinco senadores e o comando do partido, abatido por mais esse escândalo, não está disposto a sofrer o desgaste da defesa do seu ex-líder.

Para a oposição, a ruína de Demóstenes – que já aconteceu, independentemente do seu destino – é mortal. “Não podia ser pior para a gente”, diz Jarbas Vasconcelos, único pemedebista que é oposição ao governo do PT. Jarbas lembra a redução numérica da oposição em 2010, a perda de pessoas importantes no enfrentamento do governo – como Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Heráclito Fortes – e a morte do ex-presidente Itamar Franco, com seis meses de mandato, período no qual se destacou na oposição.

E agora acontece isso com Demóstenes? É de clamar aos céus” [ou ao inferno?], diz o pernambucano.

O Senado já deu muito vexame [especialmente no governo FHC]. Um presidente da Casa [ACM, do DEM] aliou-se ao então líder do governo FHC [Arruda, do DEM] para fraudar a violação do painel eletrônico, na votação de uma cassação de mandato. Outro presidente [Renan Calheiros, que antes fora Ministro da Justiça no governo FHC] sofreu processo por quebra de decoro ao ser acusado de ter contas pessoais pagas por lobista de empreiteira. Um senador foi cassado e vários renunciaram. Cada novo caso aumenta o descrédito nos políticos. E fica a expectativa sobre quem será o próximo a ter que deixar o Senado pela garagem, para fugir dos fotógrafos.”

FONTE: escrito por Raquel Ulhôa, repórter de política do jornal “Valor” em Brasília. Transcrito no blog de Luis Favre  (http://blogdofavre.ig.com.br/2012/03/ao-sabor-do-proprio-veneno/) [Título, imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

O QUE MAIS VIRÁ À TONA COM O CASO DEMÓSTENES?

Fim do acusador falso moralista

Por Luana Luna (comentário sobre o post "As estratégias para anular as provas da PF", publicado no portal de Luis Nassif)

“Em outras palavras, como esse novelo envolve muita gente e tem muita coisa que o povo brasileiro não sabe e que virá à tona com isso aí, a começar pela Justiça, sim, a Justiça que uma própria magistrada falou que nela há “bandidos de toga” e o povo brasileiro sabe disto há muito tempo. Começa-se o palanque para que ninguém seja punido e com a aquiescência, mais uma vez, da Justiça, para que não dê em nada. Veremos as firulas/silogismos jurídicos improcedentes e o joguinho de sempre de suas Excelências.

Mas vejamos a situação disso tudo, ou seja, o que se vislumbra:

Um senador que é promotor de Justiça, que exerceu secretaria de Justiça no seu Estado, que conhece os meandros da lei e que, pela hierarquia jurídica, por ser procurador, esse senhor não fala com o juiz (o promotor fala com o juiz, o procurador fala com o desembargador, vestido devidamente com suas roupas talares).

Pois bem, esse senhor, como procurador, conhece os meandros da lei, o tribunal, dialogando a partir dos desembargadores. Como secretário de Justiça do seu Estado (cargo público de livre nomeação e exoneração), não fala apenas com desembargadores, mas com policiais, civis e militares, políticos e a sociedade civil. Como senador eleito, fala como representante legítimo do seu Estado.

Mas aí é que está, a serem verdadeiras as declarações do prefeito de Anápolis, esse senhor queria algo mais e, ao não conseguir, partiu para algo arriscado que deu certo: criou, armou, ao lado do PIG, de contraventor e de segmentos da própria Justiça (a comprovar o estranho e sem provas grampo sem áudio de Gilmar Mendes e Demóstenes), armou com um grupo pesado da própria elite brasileira uma forma de eliminar, desestruturar, derrubar, causar instabilidade no país, espetacularizar, tornar-se o “Catão da República”, no projeto de derrubada do presidente Lula.

O espetáculo do mensalão (que hoje o próprio PIG quer que o STF continue a julgar com a faca no pescoço), como disse Rodrigo Vianna, o próprio PIG definiu a data para o julgamento, dia 18, e quer a cabeça do José Dirceu. Mas isso não é suficiente. O ódio, a jogada rasteira, a falta de escrúpulos, a maioria do povo brasileiro, se não todos, sabe que isso é jogada da direita.

Mas pior do que tudo isso é o ódio contra Lula durante todo esse tempo. As pessoas agem motivadas pelo ódio e, então, passam a compreender a inaceitação pelo fato de ele ser nordestino, mestiço, pobre e dialogar com esse próprio povo de onde veio, fazendo que comecem a compreender as coisas que, ao longo do tempo, é e têm sido trabalhadas para que o povo não desperte disso.

O ódio contra Lula, o trabalho incessante dos intelectuais e jornalistas da direita é, todo o dia, todo instante, todo minuto. Não há um dia que essa gente não destile seu ódio contra ele. Se analisarmos um pouco mais, não é um ódio apenas contra Lula, mas contra o próprio povo brasileiro que tem o mesmo perfil social que Lula tem.

É trabalho incessante para impedir que outros líderes de esquerda surjam, a fim de que o povo não acorde. E tem mais, se isso não for contido, o país caminhará para intolerância sem precedente. Não esperem do Serra uma estratégia política diferente da que foi a campanha dele em 2010. E não é apenas ele, isso se aplica, também, aos candidatos do DEM. Aguardem esse falso moralismo e conservadorismo ser retomado.

E o que assusta e deixa indignado é a tentativa do PT tentar se aproximar da direita, imaginando que será aceito. Não adianta, porque não vai. É melhor, se não quiser se tornar um partido menor do que o PDT de Brizola e o PTB de Vargas, depois que Lula tiver cumprido sua missão.

Mas chama a atenção, também, o silêncio obsequioso do PIG em relação à revista “Veja”. Ninguém fala nada do Policarpo envolvido [Policarpo Junior, editor-chefe da revista "Veja", para quem Demóstenes fez centenas de ligações sigilosas] e, logicamente, da própria revista que tramou, ao lado de outros, a derrubada do presidente. Enfim, tem muita coisa para vir à tona, há muita água para ser rolada e tratativas que cuidarão para que essa água não role. Vamos aguardar os próximos capítulos.”

FONTE: escrito por Luana Luna (em comentário sobre o post "As estratégias para anular as provas da PF", no portal de Luis Nassif). Transcrito no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-que-mais-vira-a-tona-com-caso-demostenes#more) [Imagem do Google, trechos entre colchetes e pequenos ajustes de forma no texto adicionados por este blog ‘democracia&política’].

SOBRE A DESFAÇATEZ, OU SOBRE DEMÓSTENES [HUMOR? AUTOGOZAÇÃO?]

Seria esse o radinho importado intensamente usado, próprio para ligações secretas não grampeáveis com os criminosos?

“...O que começou pequeno, com o ‘Bloco da Mentira’, foi ganhando corpo até se transformar na ‘Escola de Samba Unidos da Desfaçatez’.(...). De nada adianta se fantasiar de ovelha se, quando abre a boca, mostra as presas de lobo (...). Exige-se apenas a verdade, não precisa mutilar suas ideias, sacrificar-se intimamente (...). Não representa desvio de caráter defender diante das câmeras o que professa entre quatro paredes - o defeito é mentir" .

Os trechos acima são de autoria do ex-líder dos demos no Senado, Demóstenes Torres, em artigo publicado originalmente no "blog do Noblat" ("O Globo"), em 22-02--2012. Nessa data, o Savonarola-mór da oposição demotucana, um dos mais aguerridos acusadores do governo no episódio convencionado como 'mensalão', já havia trocado 298 telefonemas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em aparelho blindado presenteado pelo próprio, e mais cerca de 200 ligações com a alta direção da revista “Veja”.

Para a “Veja”, Demóstenes era o mais alto “mosqueteiro da ética”...

Essa [a "Veja"], por razões que o tempo dirá, resolveu agora fritá-lo por antecipação, como quem frita um arquivo, em consonância com o que tem feito também o jornal 'O Globo'.

Contra o centurião, agora jogado ao mar por seus pares afoitos, pesa, ademais, a suspeita de abiscoitar 30% dos lucros [de muitos milhões] do bicheiro mencionado, de quem também ganhou mimos no casamento e a cuja carteira recorria até para despesas de pequenos deslocamentos aéreos.

Em seu blog, Demóstenes apresenta-se como “Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante do Senado", e da Comissão que está reescrevendo o “Código de Processo Penal”; e sentencia [cínico e] altaneiro: "Demóstenes participou de diversas CPIs e não deixou acabar em pizza as que foi relator (...). [com grande dose de humor, de irônica autogozação, ele se define:] Demóstenes é o parlamentar que mais combate a corrupção no Brasil". No arremate, o carrilhão autobiográfico badala: "No último mês de dezembro, a Revista “Época” divulgou uma lista em que o senador Demóstenes Torres foi apontado como uma das 100 personalidades mais influentes do país".

FONTE: cabeçalho do site “Carta Maior” em 28/03/2012( http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm)  [Título, imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Elio Gaspari: A CACHOEIRA DE DEMÓSTENES TORRES


Por Elio Gaspari, na “Folha de São Paulo"

COMO DIRIA GILMAR MENDES, O PROBLEMA DO SENADOR ESTÁ EM SE DISTINGUIR O “VEROSSÍMIL” DO “VERDADEIRO”

“Demóstenes Torres, ex-líder do DEM no Senado, foi delegado de polícia, promotor e secretário de Segurança de Goiás. Fosse um frade, seria possível dizer que se aproximou do contraventor Carlinhos Cachoeira “por amor ao próximo”. No ano passado, aceitou um fogão e uma geladeira (importados) de presente de casamento. Vá lá que, pela sua etiqueta, "a boa educação recomenda não perguntar o preço nem recusá-los". Em 2009, Demóstenes recebeu de Cachoeira um aparelho Nextel, habilitado nos Estados Unidos, e utilizava-o para conversar [secretamente] com o amigo, sem medo de grampos. Segundo um relatório da Polícia Federal, as chamadas contam-se às centenas [em dois meses]. Isso e mais um pedido de R$ 3.000 “para quitar uma conta de táxi aéreo”. Geladeira e fogão são utensílios domésticos. Rádios com misturador de voz para preservar conversas com um contraventor cujas traficâncias haviam derrubado, em 2004, o subchefe da assessoria parlamentar da Casa Civil da Presidência da República, são outra coisa.

Em 2008 (e não em 2009, como o signatário informou no domingo), o senador foi personagem da [estranhíssima e sem provas] denúncia de “um grampo onde teriam capturado uma conversa sua com o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes”. A acusação custou o cargo ao diretor da Agência Brasileira de Informações, delegado Paulo Lacerda.

Gilmar Mendes [então Presidente do STF], cuja enteada é hoje funcionária do gabinete do senador, disse na ocasião que o país vivia "um quadro preocupante de crise institucional". [Sem intenção, disse na ocasião a imprensa, o também estranho ministro Jobin (MD) colocou mais fogo na fogueira do impeachment de Lula (desejado pela oposição e mídia) ao declarar que a ABIN tinha equipamentos para grampos].

As investigações da Polícia Federal em torno das atividades de Carlinhos Cachoeira haviam começado em 2006. Uma sindicância da ABIN e outra da PF não conseguiram chegar à origem do grampo [nem a indício de ter havido], cujo áudio jamais apareceu. Gilmar Mendes disse, posteriormente, que "se a história não era verdadeira, era extremamente “verossímil".

O futuro do senador Demóstenes está pendurado na distância que separa o verdadeiro do verossímil. O verdadeiro só aparecerá quando ele e a patuleia tiverem acesso a toda a documentação reunida pela Polícia Federal. Nesse sentido, não é saudável que seja submetido à tortura dos vazamentos administrados [apesar de que assim, de modo não-saudável, Demóstenes, a oposição e a mídia têm agido nos últimos nove anos, nos casos de qualquer suspeita, real ou plantada, contra integrante do governo federal, mesmo que totalmente infundadas]. (Paulo Lacerda foi detonado por um deles e não se descobriu quem o administrou). Se o negócio é verossimilhança, o senador está frito.”

FONTE: escrito por Elio Gaspari, na “Folha de São Paulo  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/33866-a-cachoeira-de-demostenes-torres.shtml) [Imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

quinta-feira, 29 de março de 2012

NAVIO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO NACIONAIS TEM DESTAQUE MUNDIAL EM PERFORMANCE E QUALIDADE

Navio “Celso Furtado”

NAVIO “CELSO FURTADO” FOI ELEITO UM DOS MAIS IMPORTANTES DO MUNDO

“O navio de Produtos ‘Celso Furtado’, da Transpetro, projetado e construído no Brasil, está na lista dos navios mais significativos do mundo entregues em 2011.

O prêmio “Significant Ships of 2011”, concedido pela “Royal Institution of Naval Architects” (RINA), de Londres, é dado às embarcações que mais se destacaram em qualidade, performance e design. Ao todo, 49 navios do mundo inteiro fizeram parte da 20ª edição da lista, que ressaltou o renascimento e o potencial da indústria naval brasileira.

Projetado pela “Projemar”, líder em engenharia naval e offshore no Brasil, o “Celso Furtado” entrou em operação em novembro de 2011 e é usado para o transporte de derivados de petróleo entre os estados brasileiros. Possui 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milhões de litros. Primeira embarcação construída por um estaleiro brasileiro para o “Sistema Petrobras” em 14 anos, o “Celso Furtado” é um dos 49 encomendados pelo “Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro” (PROMEF).

Navio “Celso Furtado”

A lista da “Royal Institution of Naval Architects” contempla outro navio brasileiro, o “Log-in Jacarandá”, construído pelo “Estaleiro Ilha S.A.” (EISA).

Navio “Log-in Jacarandá”

Fundada em 1860, a RINA é renomada organização internacional, com sede no Reino Unido, que representa engenheiros navais do mundo inteiro.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2012/03/27/navio-celso-furtado-e-eleito-um-dos-mais-significativos-do-mundo/). [Título e imagens do google adicionados por este blog 'democracia&política'].

EMBRAER ANUNCIA VENDAS DO SUPER TUCANO NA ÁFRICA, NO VALOR DE US$ 180 MILHÕES


Embraer Defesa e Segurança Anuncia mais de USD 180 Milhões em Encomendas do A-29 Super Tucano no Continente Africano

“Santiago, Chile, 28 de março de 2012 - A Embraer Defesa e Segurança revelou que assinou contratos com três nações africanas para aquisição do turboélice de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano.

A Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do modelo na África, já recebeu três aeronaves que são utilizadas em missões de vigilância de fronteiras.

É para essa mesma missão que a Força Aérea de Angola adquiriu recentemente seis aeronaves, cujas três primeiras serão entregues em 2012.

Por fim, a Força Aérea da Mauritânia escolheu o A-29 Super Tucano para executar missões de contrainsurgência. O valor total dos contratos – incluindo amplo pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição – supera os US$ 180 milhões.

O Super Tucano tem alto grau de eficiência com baixos custos de operação. Sua capacidade de atuar em missões de vigilância e contrainsurgência o torna ideal para operações no continente africano”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “Prova disso é que alguns clientes deverão exercer suas opções de compra em breve e o avião tem despertado o interesse de diversos países da África”.

Com esses pedidos, sobe para nove o número de forças aéreas que já selecionaram o A-29 Super Tucano na América Latina, na África e no Sudeste Asiático, sendo que o avião já está em operação em seis delas.

SOBRE O A-29 SUPER TUCANO

O A-29 Super Tucano é capaz de executar ampla gama de missões, que incluem ataque leve, vigilância, interceptação aérea e contrainsurgência. Com mais de 130 mil horas de vôo e mais de 18 mil horas de combate, o A-29 Super Tucano está equipado com a mais moderna tecnologia disponível para aviônicos, incluindo visão noturna, sensores eletro-ópticos infravermelhos (Electro-Optical/Infrared – EO/IR) com apontador de mira a laser, pacote de comunicações seguras e enlace de dados, além de inigualável capacidade de armamentos, o que o torna altamente eficaz e com excelente relação custo-benefício.

O A-29 Super Tucano é fruto de projeto desenvolvido de acordo com as rigorosas exigências da Força Aérea Brasileira (FAB). Com mais de 150 aviões já entregues, é totalmente compatível com as operações de combate em ambientes complexos. Além da reforçada estrutura para operações em pistas não pavimentadas, o avião conta com avançados sistemas de navegação e pontaria de armas, o que lhe garante alta precisão e confiabilidade, utilizando tanto armamento convencional como inteligente, mesmo sob condições extremas. O avião requer apoio logístico mínimo para operações contínuas. O A-29 Super Tucano está em operação em seis forças aéreas, executando com sucesso missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras, ataque leve e contra-insurgência.

SOBRE A EMBRAER DEFESA E SEGURANÇA

A “Embraer Defesa e Segurança” é uma unidade de negócios da Embraer S.A. e conta com mais de 40 anos de experiência. Com presença crescente no mercado global, cumpre papel estratégico no sistema de defesa do Brasil, fornecendo mais de 70% da frota de asa fixa da Força Aérea Brasileira (FAB).

[OBS deste blog 'democracia&política': na foto, alguns tipos dos muitos aviões militares da FAB de produção (ou modernização, no caso do F-5M) da Embraer. Há outros que não estão na foto, como o Tucano, o Bandeirante, o Brasília, o Universal etc. A FAB investiu pesadamente na criação, capacitação industrial e tecnológica, desenvolvimento e crescimento da produção da EMBRAER, tornando-se, como corolário, dela dependente]

O portfólio de produtos da Embraer Defesa e Segurança inclui aviões militares, tecnologias de radar de última geração, veículos aéreos não-tripulados (VANT) e avançados sistemas de informação e comunicação, como as aplicações de “Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento” (C4ISR). Os aviões e as soluções militares da Embraer estão presentes em 48 países, servindo a mais de 50 forças armadas. A linha de aeronaves militares da “Embraer Defesa e Segurança” inclui o Super Tucano, turboélice de treinamento avançado e ataque leve; a família de jatos de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), baseada na bem-sucedida e comprovada plataforma do jato regional ERJ 145; jatos comerciais e executivos customizados para o transporte de autoridades governamentais; o jato de transporte militar e reabastecimento KC-390, atualmente em desenvolvimento; modernização de aviões para as forças armadas; soluções logísticas integradas para clientes; e o TOSS (Training and Operation Support System), avançado sistema de treinamento e suporte à operação.

FONTE: site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/fidae2012/noticia/5345/EMBRAER-DS---Anuncia-Vendas-do-Super-Tucano-na-Africa-no-valor-de-USD-180-Milhoes) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].