quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ESTADOS UNIDOS RECONHECEM CRIME DOLOSO NA MORTE DE 83 GUATEMALTECOS EM “ESTUDO SOBRE SÍFILIS”


“O governo dos Estados Unidos reconheceu na última segunda-feira (29) a morte de 83 cidadãos da Guatemala [criminosa e propositadamente] infectados na década de 40 com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e gonorreia, durante “experimentos médicos”. A pedido do presidente norte-americano, Barack Obama, foi criada uma comissão de inquérito para investigar o assunto.

Por telefone, Obama pediu desculpas ao presidente da Guatemala, Álvaro Colom, dizendo que os estudos contrariam os valores norte-americanos. No começo deste ano, vários cidadãos guatemaltecos infectados [intencionalmente] à época e parentes das vítimas anunciaram que estavam abrindo processo contra o governo americano.

A comissão de inquérito norte-americana concluiu que cerca de 1,3 mil pessoas foram [dolosamente] expostas às doenças. A comissão reconheceu que os cientistas americanos infectaram [sem o conhecimento das vítimas] prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos guatemaltecos em estudos que testavam a abrangência do uso da penicilina.

A presidente da comissão de inquérito norte-americana, Amy Gutmann, classificou o estudo como “um pedaço vergonhoso da história médica”. Um relatório deve ser publicado em setembro com as conclusões finais sobre o caso.

No total, um grupo de 5,5 mil pessoas participaram dos estudos, sem saber dos riscos que corriam, segundo declarações de um dos investigadores, Stephen Hauser. Na relação dos infectados, apenas 700 receberam "tratamento" médico. Ao fim, 83 morreram.

A sífilis pode causar cegueira, distúrbios mentais e até a morte, caso os doentes não recebam o devido tratamento. Menos nociva e mais fácil de curar que a sífilis, a gonorreia pode se espalhar pelo organismo e até causar infertilidade nos homens.

A história dos “experimentos” [sic] americanos na Guatemala veio à tona no ano passado, fruto de pesquisa histórica da professora Susan Reverby, do Wellesley College, de Massachusetts. Segundo a acadêmica, o governo guatemalteco da época deu permissão aos "estudos" [sem saber que se tratavam de lentos assassinatos], que ocorreram entre 1946 e 1948.

Os cientistas usaram prostitutas portadoras da sífilis e fizeram [desumanas] inoculações nos pacientes para determinar se a penicilina também poderia evitar a doença, e não apenas curá-la. Na ocasião, o presidente Colom classificou os "estudos" como “crime contra a humanidade” por parte dos Estados Unidos.”

FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e publicado pela Agência Brasil  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-08-30/estados-unidos-reconhecem-morte-de-83-guatemaltecos-em-estudo-sobre-sifilis) [imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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