quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dilma fala sobre: “POLÍTICA DE EMPREGO PARA JOVENS DO CAMPO, PREVENÇÃO A DESASTRES NATURAIS E DESCENTRALIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES”

A coluna ‘Conversa com a Presidenta’ de terça-feira (28/6), publicada em jornais no Brasil e no exterior, abordou a interiorização de universidades federais, a política de emprego para jovens da zona rural e as ações do governo federal para minimizar os danos das chuvas na região Nordeste.

-A primeira pergunta veio de Brumado (BA), feita pelo eletrotécnico Maurício Quichaba. À presidenta, ele questionou: “O que pode ser feito para descentralizar as universidades federais?”.

Dilma Rousseff informou que concorda com a descentralização das universidades, tanto que esse trabalho começou a ser feito no governo passado. Desde 2003 –continuou a presidenta– foram criadas 14 novas universidades, das quais 10 voltadas para a interiorização do ensino superior público. Foram ainda criados 126 novos campi de universidades públicas, que hoje estão implantados em 230 municípios das 27 unidades da Federação.

Com essas iniciativas, o número de vagas de ingresso nas universidades federais, que era de 109 mil em 2003, subirá para 243 mil em 2012. Na Bahia, que conta com três instituições –Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)– o número de campi pulou de dois para nove, e essa expansão foi toda em cidades do interior. Estamos oferecendo mais oportunidades aos nossos jovens, em suas próprias cidades, ou em cidades vizinhas, o que está contribuindo para a redução das nossas desigualdades sociais e regionais”, exemplificou.

-José Aílton Nunes de Alencastro, agricultor de Araguatins (TO), quis saber qual é a política de emprego para os jovens que moram no campo.

A presidenta informou que o governo federal tem diversas ações voltadas para a juventude rural, sendo uma delas o ‘PRONAF Jovem’, linha de crédito especial para o financiamento de projetos de agricultores familiares com até 29 anos de idade. O programa ajuda a desenvolver ações que geram renda, como projetos agropecuários, de turismo rural, artesanato e de pomares e hortas, explicou.

Ela disse, ainda, que no ‘Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012’, o limite de financiamento para esses projetos passará de R$ 10 mil para R$ 12 mil, com juros de 1% ao ano.

Outra ação informada pela presidenta é a linha de crédito ‘Nossa Primeira Terra’, do ‘Programa Nacional de Crédito Fundiário’, que financia a compra de terra por jovens da área rural com idades entre 18 e 28 anos.

Além disso, os jovens podem participar de outros programas, que são direcionados para todos os agricultores familiares, sem distinção de idade. É o caso do ‘Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar’ (PRONAF), que conta com R$ 16 bilhões para o financiamento da safra 2011-2012, com juros que variam de 0,5% a 4,5% anuais”, frisou.

-O último questionamento foi elaborado por Andressa Thomaz, fonoaudióloga de São Paulo (SP), que afirmou que “todo ano a cena se repete: basta chover forte no Nordeste e milhares de pessoas são atingidas”. Diante isso, Andressa quis saber o que o governo está fazendo para evitar a repetição anual “dessa tragédia”.

Andressa, nós estamos trabalhando em várias frentes com os governadores e prefeitos para evitar essas tragédias e, quando elas forem inevitáveis, para minorar o sofrimento da população”, respondeu a presidenta. Os governos federal e de Pernambuco, por exemplo, dividirão o custo de R$ 650 milhões para a construção de cinco barragens na bacia do Rio Una para controlar a vazão das chuvas na região. A presidenta afirmou que, no mês passado, foi assinado convênio para a construção das duas primeiras, que custarão R$ 65 milhões, sendo R$ 50 milhões do governo federal. Ainda de acordo com ela, o Ministério de Ciência e Tecnologia está desenvolvendo sistema de monitoramento e alerta em áreas de risco, para fornecer essas informações à Secretaria Nacional de Defesa Civil, que coordenará as ações.

Os programas habitacionais retirarão muitas famílias dos locais sujeitos a enchentes e deslizamentos de terra. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), do Ministério da Integração, está desenvolvendo estudos para criar cinco escritórios regionais, modernizando o ‘Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres’ (CENAD) e treinando agentes dos estados e municípios. O objetivo é criar as condições para a evacuação, antecipadamente, das pessoas em áreas de risco (…). Como você pode ver, estamos criando instrumentos para reduzir drasticamente os prejuízos materiais, e principalmente humanos, resultantes de desastres naturais’, concluiu.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/politica-de-emprego-para-jovens-do-campo-prevencao-a-desastres-naturais-e-descentralizacao-das-universidades/).

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