terça-feira, 24 de agosto de 2010

ESPOSA DE SERRA ATACA O BOLSA-FAMÍLIA


Pequena foto acima: Mônica Serra, à esquerda, que ficou famosa por receber o Papa “muito elegante com suas longas botinhas e joelhos expostos”, segundo a imprensa tucana.

MÔNICA SERRA E O BOLSA FAMÍLIA: “AS PESSOAS NÃO QUEREM MAIS TRABALHAR, NÃO QUEREM ASSINAR CARTEIRA E ESTÃO ENSINANDO ISSO PARA OS FILHOS”

“A mulher de Serra falou o que os tucanos sempre disseram quando falavam em Bolsa-esmola, em assistencialismo eleitoreiro e em fábrica de preguiçosos [Bolsa-Vagabundo]. O Bolsa-família foi sempre desprezado, atacado e injuriado. Diziam que “dava o peixe, mas não ensinava a pescar”.

Chegadas as eleições, [este ano] viraram fanáticos torcedores do Bolsa-Família. Chegam a prometer até dobrar o beneficio. Juram que foram eles que o inventaram e que vão melhorar.

Eis que a esposa do candidato decidiu ajudar o marido na campanha eleitoral e subiu no palanque em Curitiba, em companhia de Fernanda Richa, esposa do candidato tucano ao governo do Paraná, Beto Richa. No meio do discurso falou o que pensa sobre o Bolsa-Família.

Ainda bem que Fernanda Richa estava lá para tentar consertar o estrago de Mônica Serra, e que o jornal VALOR, o único a reportar o evento, destaca no título que “Mônica Serra corrige crítica ao Bolsa-família”. Mas o fundo do pensamento ali foi exposto com todas as letras.

ADENDO DESTE BLOG:

[O serrista jornal “Valor”, do grupo tucano “Folha”, como se vê no último parágrafo acima, tenta reconstruir as palavras da pretensa “1ª Dama”. Quem “corrigiu” foi Fernanda Richa, a esposa de Beto Richa, candidato tucano a governador do Paraná, a qual expressou: “o programa será mantido, mas por um período, até que a pessoa tenha promoção social” (essa “correção” ainda é vaga e assustadora). A esposa de Serra nada consertou. Não modificou suas afirmações de que, com o Bolsa-Família, “as pessoas não querem mais trabalhar, não querem assinar carteira e estão ensinando isso para os filhos”].

[Vem-me à memória outro fato. Tenho um companheiro de trabalho que é fazendeiro, rico, tem até avião para ir à sua fazenda. Em 2006, antes das eleições, ele demonstrava sua forte rejeição ao governo Lula/PT com ácidas críticas, especialmente por ter transformado o Brasil em “país de vagabundos”. Citava seu testemunho. No governo FHC/PSDB/PFL-DEM, quando ele chegava ao mercado da cidade com seu caminhão abarrotado de produtos agropecuários, bastava levantar a mão, dar um estalo com os dedos, e logo corriam cinco, sete homens para descarregar. Após uma hora, concluído o estafante serviço, ele dava R$ 1,00 para cada um e todos saíam felizes, fazendo reverências e o chamando de “dotô”. Agora, no governo Lula, ele tem que conseguir mão-de-obra, sempre envolvida no desembarque de outros caminhões, e ajustar preço antes! O qual, certamente, é maior que um real. “Viraram vagabundos”. Por isso, conclamava a todos para nunca mais votarem em Lula e no PT. Lendo a reportagem acima, sobre as esposas de Serra e Richa, não sei por que me lembrei do fazendeiro.]

FONTE: publicado no blog de Luis Favre com informações do jornal “Valor” [título, imagem, entre colchetes e dois últimos parágrafos colocados por este blog].

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