sábado, 21 de agosto de 2010

EM DEFESA DA PETROBRAS E DO BRASIL

O atual momento eleitoral é propício à proliferação de movimentações que tenham como objetivo atender a interesses políticos e econômicos poderosos, que não se importam em deixar o futuro do país de lado para auferir dividendos. Nesse sentido, não é de surpreender que a maior empresa do país, a Petrobras, esteja em pleno fogo cerrado nas páginas de alguns dos maiores meios de comunicação do Brasil.

O contexto dos ataques é um quadro eleitoral em que a candidata Dilma Rousseff (PT) dispara nas pesquisas de intenção de voto, enquanto o opositor José Serra (PSDB) vem na trajetória oposta, de queda. Desesperado, o mais organizado partido de oposição —a grande imprensa—, mira as armas contra a Petrobras, que se transformou em um símbolo do Brasil da era Lula: pujante, inovadora e ousada, planejada para crescer.

Ao mesmo tempo, existe o processo de capitalização da Petrobras, previsto para setembro, que viabilizará os investimentos de médio e longo prazo da companhia —graças ao crescimento previsto de sua capacidade de endividamento em mais de R$ 100 bilhões, principal objetivo da operação.

A capitalização ocorrerá com a emissão de quatro lotes de ações, com vencimento previsto para setembro de 2014, 2015 e 2016, além de um lote adicional para março de 2015, que serão comprados ao preço do barril hoje e vendidos, a partir dessas datas, de acordo com o preço que o petróleo alcançar então. São poucos os “analistas” do mercado que acreditam em desvalorização das ações.

O truque, portanto, é interceder hoje para colher ganhos com a especulação amanhã. Essa é a razão maior da campanha de ataques, que visa a derrubar as ações da Petrobras e forçar queda nos preços dos títulos a serem emitidos em setembro. Se isso ocorrer, quem comprar estoques baratos de ações amplia significativamente as perspectivas de lucro.

Há ainda outro alvo oculto nessa orquestração contra o Estado brasileiro: transformar em letras mortas a legislação que assegura a soberania nacional da exploração da camada Pré-Sal e o investimento social do retorno financeiro das operações em águas profundas, garantindo ainda mais oportunidade de lucro para o setor privado.

Trata-se de uma grande irresponsabilidade. No Governo Lula, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo —mais especificamente, a quarta maior empresa de energia do planeta. Com isso, é o vibrante cartão de visitas da economia brasileira para incontáveis investidores internacionais.

Internamente, é um dos pilares da nova política industrial do governo federal, especialmente por seu papel central na reativação da indústria naval, na tecnologia de águas profundas e, agora, no desenvolvimento de toda a cadeia de indústrias e prestadoras de serviços por conta da descoberta do pré-sal. Além do desenvolvimento em pesquisa e tecnologia que virão dos novos centros, todo esse processo resultará na geração de mais postos de trabalho.

O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e o Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) geraram a demanda de 300 embarcações para os estaleiros nacionais até 2014, um ritmo de produção invejável e inédito na história recente do país.

A Petrobras é, ainda, uma das maiores patrocinadoras da produção cultural e de ações culturais brasileiras em todas as categorias, desde as amadoras até as profissionais.

Esses avanços só ocorreram graças a uma administração sólida, que gerou lucro líquido de R$ 16 bilhões no primeiro semestre de 2010 e investiu volume recorde: R$ 38 bilhões, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
Tudo isso mantendo ainda reservas de mais de R$ 20 bilhões e presenteando o país com a descoberta do patrimônio mineral do petróleo da camada do pré-sal, que será fundamental para a melhoria, nas próximas décadas, das condições socioeconômicas dos brasileiros.

A maior parte do povo brasileiro certamente não tem o costume de acompanhar o sucesso da Petrobras planilha por planilha, programa por programa, mas sente os resultados de seu crescimento no cotidiano, como parte integrante da bonança econômica dos últimos anos. O resgate, feito no Governo Lula, dessa estatal estratégica ao país é a razão da valorização da Petrobras.

É por isso que a empresa se mantém segura, mesmo com a campanha de ataques especulativos que vem sofrendo. Quem busca manchar a imagem da Petrobras pode até achar que vai atingir o Governo Lula, mas, na verdade, estará atentando contra um dos grandes patrimônios do povo. Defender a Petrobras é defender o Brasil.”

FONTE: escrito por José Dirceu, advogado e ex-ministro da Casa Civil. Publicado no blog do Noblat.

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