terça-feira, 17 de agosto de 2010

ARRECADAÇÃO FEDERAL BATE RECORDE PARA MESES DE JULHO

QUANTO MAIOR A ECONOMIA FORMAL, MAIOR A ARRECADAÇÃO BRUTA

“A Receita Federal arrecadou um total de R$ 67,973 bilhões em julho, recorde para o mês. O montante inclui os impostos e contribuições federais e as contribuições previdenciárias ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Na comparação com junho (R$ 61,494 bilhões, com ajuste pelo IPCA), foi verificada alta real de 10,54%. Em relação a julho de 2009 (R$ 61,372 bilhões, corrigidos), houve aumento real foi de 10,76%.

Considerando apenas impostos e contribuições federais (receita administrada), a arrecadação de julho totalizou R$ 45,624 bilhões. Houve elevação real de 8,97% ante junho (R$ 41,868 bilhões, corrigido pelo IPCA), e de 9,23% no comparativo com julho de 2009 (R$ 41,77 bilhões).

As receitas previdenciárias, por sua vez, somaram R$ 18,589 bilhões, com elevação real de 1,31% contra junho (R$ 18,348 bilhões) e de 12,52% no confronto com julho do exercício anterior (R$ 16,521 bilhões).

As demais receitas (recolhimentos extraordinários, como royalties de petróleo e outras arrecadações atípicas) atingiram, em julho, R$ 3,759 bilhões, com avanço real de 194,3% em relação a junho. Considerando o comparativo com julho do calendário passado, foi verificado avanço real de 22%.”

FONTE: reportagem de Azelma Rodrigues publicada no jornal “Valor” e no portal UOL [título e subtítulo colocados por este blog].

TEXTO COMPLEMENTAR (da Agência Brasil):

Arrecadação não sofreu impacto do menor ritmo de expansão da atividade econômica

"A redução no ritmo de expansão da atividade econômica não se refletiu na arrecadação, afirmou hoje (17) o subsecretário de Tributação e Contencioso, Sandro de Varga Serpa.

De acordo com Serpa, o crescimento da arrecadação não segue necessariamente o mesmo ritmo da atividade econômica. Além da atividade econômica, que influencia “bastante” a arrecadação, há outros fatores como as medidas de fiscalização e o fato de cada tributo ter legislação própria e momento determinado para ser pago pelos contribuintes. Ele acrescentou que a arrecadação leva de um a dois meses para responder ao comportamento da economia.

De janeiro a julho, a arrecadação de impostos e contribuições federais chegou a R$ 447,464 bilhões. Com a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado ficou 12,22% acima do apurado no mesmo período do ano passado.

Somente em julho, a arrecadação de impostos e contribuições federais ficou em R$ 67,973 bilhões em termos nominais, um recorde para o período. Corrigido pelo IPCA, o valor da arrecadação em julho foi 10,76% maior do que o alcançado no mesmo mês do ano passado. Na comparação com junho, o crescimento real (descontado o IPCA) foi de 10,54%.

A expectativa da Receita é de crescimento de 10% a 12% por mês ao longo de 2010 - em comparação aos mesmos meses do ano passado. Mas, segundo Serpa, se nos últimos meses a economia não ficar tão aquecida, essa previsão pode ser alterada.

Segundo a Receita, o resultado da arrecadação nos sete meses deste ano decorre, principalmente, da recuperação da produção industrial, da venda de bens e da massa salarial, que influenciaram a arredação de tributos. Esses fatores estimularam a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins e da contribuição previdenciária, respectivamente.

Serpa lembrou ainda do fim da isenção do IPI, em março, para eletrodomésticos e linha branca. O desconto no IPI permanece para máquinas e equipamentos e materiais de construção."

FONTE: reportagem de Kelly Oliveira publicada hoje (17/08) pela Agência Brasil.

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