domingo, 7 de fevereiro de 2010

CENSURA DA MÍDIA: "CLARÍN" CORTA TRECHO DE DECLARAÇÃO DE CRISTINA KIRCHNER

"Cristina Kirchner acusa canal do grupo Clarín de censurá-la

Nesta sexta-feira (5), a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusou o canal de TV a cabo Todo Noticias (TN), que pertence ao Grupo Clarín, de censurá-la por ela declarar que os acionistas da empresa respondem a um processo por lavagem de dinheiro, informou a agência de notícias Ansa.

A mandatária fez as acusações ao Clarín nesta sexta-feira durante um ato público de inauguração de uma ponte que liga dois bairros pobres da região metropolitana de Buenos Aires.

As declarações sobre a lavagem de dinheiro foram dadas por ela em resposta à pergunta de um jornalista do próprio TN, durante uma entrevista coletiva.

"Quero dizer a vocês que na quarta-feira a presidente foi censurada por um meio do monopólio, TN, que suprimiu a parte na qual disse que os acionistas do Clarín estão sendo investigados por lavagem de dinheiro", afirmou ela.

"Isso não saiu na TN. Isso foi censurado pelos grandes líderes da liberdade de imprensa", ironizou Cristina, ressaltando que, para o governo argentino, liberdade de imprensa é "ouvir todas as vozes e poder se expressar livremente".

A crise entre o governo argentino e o grupo Clarín se intensificou em meados de 2008, quando a presidente enviou a Congresso um projeto para reformular a Lei de Mídia. A medida foi aprovada em outubro do ano passado para, segundo Cristina, acabar com os monopólios de comunicação no país.

A nova legislação proíbe, entre outras coisas, que uma mesma empresa possua simultaneamente um canal no sistema de TV aberta e outro no de TV a cabo.

Além disso, impede que tenha mais de dez emissoras de TV ou rádio. O grupo Clarín, a mais poderosa holding de comunicação da Argentina, foi o principal prejudicado pela iniciativa.

Desde então, o grupo miidático que cultivava este tipo de monopólio lesivo aos interesses do país passou a acusar sistematicamente o governo de corrupção, totalitarismo, falta de respeito às instituições e ataques à liberdade de imprensa."

FONTE: divulgado pela agência de notícias ANSA e postado ontem à noite no portal "Vermelho".

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