sábado, 22 de agosto de 2009

SUBMARINOS BRASILEIROS: ESQUENTA A “GUERRA” FRANÇA x ALEMANHA

DERROTADAS SÃO AS QUE SE OPÕEM A ACORDO, DIZ JOBIM

“O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que as reações contrárias ao acordo Brasil-França para a construção de um submarino de propulsão nuclear partem de "lobistas de empresas derrotadas". Apesar de ele não ter citado nenhum país, assessores seus atribuem as acusações ao lobby alemão.

Segundo Jobim, o contrato com a França será assinado no dia Sete de Setembro e significa a compra de quatro submarinos convencionais Scorpène, a construção de base e estaleiro em Itaguaí (RJ) e a transferência de tecnologia para a execução de um submarino de propulsão nuclear brasileiro.

"Nós não fechamos o acordo com a Alemanha porque este país tem limitações por tratados internacionais, depois da Segunda Guerra Mundial, de transferir a tecnologia que nós precisamos", disse Jobim.

Ele acrescentou que o acordo com a França dispensa a transferência de tecnologia de reatores e de enriquecimento de urânio, porque o Brasil já as detém.

O valor do pacote francês é de 6.790.862,142 com pagamento em 20 anos e considerado alto pelos críticos do acordo. jobim rebate dizendo que o Scorpène "atende a todas as especificações técnicas do nosso projeto e foi aprovado por quem entende do assunto, que é a Marinha do Brasil".

Outro ponto criticado é o fato de o pacote ter saído pronto da França embutindo a participação da construtora Norberto Odebrecht, sem licitação. Segundo jobim, "quem vai construir a base e o estaleiro é a França, que estudou as propostas e as mais adequadas para fazer o submarino aqui".

O acordo com a França foi feito com a estatal DCNS e inclui também a compra de helicópteros. A Alemanha reagiu mal e protesta cada vez mais agressivamente.

Em carta enviada ao presidente Lula no ano passado, o grupo alemão ThyssenKrupp cobrou um compromisso brasileiro: o de que compraria submarinos com ele em troca da construção de uma siderúrgica no Rio. Os alemães dizem que fizeram a parte deles e reclamam que o Brasil roeu a corda”.

FONTE: jornal Folha de São Paulo, em 22/08/2009.

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