quinta-feira, 27 de novembro de 2008

CADÊ A TAL CRISE ALARDEADA POR TODA A MÍDIA?

TAXA DE DESEMPREGO DE OUTUBRO É A MENOR PARA O PERÍODO DESDE 1998

Li ontem no UOL o seguinte texto de Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil:

“São Paulo - O desemprego caiu de 14,1% em setembro para 13,4% em outubro nas seis regiões metropolitanas em que é realizada a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), segundo informações da Agência Brasil, vinculada ao governo federal.

Segundo a Fundação Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsáveis pela pesquisa, é a menor taxa para o mês de outubro desde 1998. O número de desempregados foi de 2.698 mil, 141 mil a menos do que no mês anterior.

No mês de outubro, o nível de ocupação cresceu 2,3% em Recife; 1% em São Paulo; 0,85% em Porto Alegre; e 0,3% em Belo Horizonte, caindo 0,3% em Salvador. No Distrito Federal, a taxa manteve-se estável. O nível ocupacional aumentou no setor de serviços, com 63 mil novas vagas; na indústria, com 41 mil; na construção civil, com 28 mil; e em outros setores, com 18 mil novos postos. No comércio, houve queda, com o desaparecimento de 13 mil vagas.

O rendimento médio real dos ocupados passou a ser de R$ 1.167, com queda de 0,5%, e o dos assalariados, de R$ 1.215,00, com recuo de 1%.

Na comparação com outubro de 2007, o nível de ocupação nas seis regiões pesquisadas pelo Seade-Dieese aumentou 5%, com a geração de 840 postos de trabalho. De acordo com os dados, o total foi maior do que o de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, 592 mil. Isso fez com que o contingente de desempregados fosse reduzido em 247 mil pessoas. Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego nas seis regiões diminuiu de 15,0% para 13,4%.

Segundo a coordenadora da pesquisa pelo Dieese, Patrícia Lino Costa, os resultados de outubro ainda não refletem a crise econômica internacional, cujos efeitos devem começar a ser sentidos no início de 2009. Entretanto, disse a economista, é preciso lembrar que tais efeitos dependerão de como as políticas econômicas serão implantadas pelo governo para tentar proteger o país.

Patricia reforçou que o crescimento entre 3% e 3,5% é suficiente para manter o Brasil em um bom ritmo de crescimento sem que isso gere impactos muito fortes no mercado de trabalho. "O que pode acontecer é que, se o país continuar crescendo 3% ou 3,5%, isso provavelmente não afetará o emprego." Ela destacou a necessidade de manutenção do crédito do investimento público para fortalecer o mercado interno e dar continuidade ao crescimento da economia e do emprego.

A economista estima que o ano feche com índice em torno de 13% a 14%, o menor de toda a série, que vem diminuindo ao longo dos meses.”

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