quarta-feira, 29 de outubro de 2008

BOLSA BRASILEIRA FOI A 2ª DO MUNDO EM ALTA

A notícia abaixo foi postada ontem à noite pelo portal UOL, com informações das agências de notícias AFP (francesa), Reuters (norte-americana) e Valor Online (brasileira):

BOVESPA DISPARA 13,42%, COM INVESTIDORES ATRÁS DE 'PECHINCHAS'

“A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) disparou nesta terça-feira, fechando em forte alta de 13,42%, a 33.386,65 pontos. Apesar da alta no dia, no entanto, a perda no mês é de 32,61%, e, no ano, de 47,74%.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em baixa expressiva pelo segundo dia seguido. A queda nesta terça-feira foi de 3,19%, a R$ 2,183 na venda. Em apenas dois dias, a moeda americana acumula queda de 6,23%, mas no mês ainda tem uma alta de 14,53%.

Os investidores aproveitaram para comprar "pechinchas", ações cujo preço está sendo negociado abaixo do considerado justo por analistas.

A expectativa também girou em torno da decisão sobre a taxa de juros brasileira, a Selic, que será definida nesta quarta-feira pelo Copom (Comitê de Política Monetária).

A expectativa é de que haja corte na taxa, para amenizar os efeitos da crise financeira no Brasil, que devem reduzir o consumo e a produtividade por conta da restrição ao crédito. Quanto menores são os juros, maiores são as intenções de compra da sociedade.

"Por um lado, os investidores se preocupam com a possibilidade de uma recessão mundial, mas por outro se dão conta de que muitas ações estão subvalorizadas", disse Hugh Johnson, da Johnson Illington Advisors, em Nova York.

As empresas ligadas ao segmento de commodities contribuíram para alta da Bovespa. Os papéis ordinários (com direito a voto) da Petrobras subiram 8,72%, cotados a R$ 23,92, enquanto as ações ON da Vale avançaram 13,57%, negociadas a R$ 25,10.

O Banco Central realizou um novo leilão swap, com a venda de US$ 497,6 milhões. Neste tipo de operação, o órgão põe à venda na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) um papel que vale dólar e troca por variação dos juros.

A Espanha anunciou que garantirá empréstimos interbancários de até 100 bilhões de euros em 2009, a mesma quantia fixada para 2008.

O Grupo Santander divulgou seu balanço nesta terça-feira e disse que mantém sua previsão de lucro para 2008, de 10 bilhões de euros.

O banco central britânico divulgou um relatório estimando que as perdas globais para bancos e investidores na atual crise financeira podem chegar a US$ 2,8 trilhões.

O número é equivalente a mais de duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro (de US$ 1,3 trilhão, segundo dados do Banco Mundial) e mais de 5% do PIB mundial (de US$ 54,3 trilhões).

A Aegon, companhia holandesa de seguros, recebeu uma injeção de 3 bilhões de euros do governo local.

"A situação geral é muito séria e até mesmo as companhias mais saudáveis podem ter dificuldades. Nós as ajudaremos a atravessar esses tempos difíceis", disse o ministro das Finanças da Holanda, Wouter Bos.

O banco central da Islândia decidiu ampliar em 6 pontos percentuais a taxa de juro do país, que foi de 12% para 18% ao ano. Alguns analistas avaliaram que a medida deve ter relação com demandas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que emprestou US$ 2 bi ao país para reativar o setor financeiro. Com os juros mais altos, a moeda da Islândia ficaria mais atraente.

O presidente do grupo francês Renault, Carlos Ghosn, declarou nesta terça-feira que a crise financeira mundial não será superada em várias semanas e que suas conseqüências para o setor automobilístico apenas começaram.

MERCADOS

Hoje o dia foi positivo para os mercados de ações. Os principais índices fecharam em alta, com destaque, além da Bovespa, para Hong Kong e Frankfurt

A Bolsa de Nova York registrou forte recuperação nesta terça-feira, impulsionada pelo movimento de busca de ofertas, apesar da queda de confiança dos consumidores americanos: o índice Dow Jones subiu 10,88% e o Nasdaq, 9,53%.

As Bolsas européias encerraram em alta, com exceção de Madri, que recuou 1,3%. O principal índice da Bolsa de Frankfurt, o Dax, disparou 11,28%, impulsionado pela escalada vertiginosa das ações da Volkswagen.

O índice CAC 40, de Paris, fechou em alta de 1,55%. Em Londres, o índice FTSE subiu 1,92%.

As Bolsas asiáticas fecharam o pregão em alta, recuperando parte das perdas que registraram nas últimas sessões. Tóquio subiu 6,4%, Hong Kong avançou 14,35% e Seul teve alta de 5,6%.”

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