sábado, 12 de janeiro de 2008

A MÍDIA E O MINISTRO MELLO DO TSE/STF FUNCIONAM COMO PARTIDO DA OPOSIÇÃO?

Sobre esse tema, alguns exemplos de textos da mídia, a seguir mencionados, ensejam uma reflexão.
O primeiro é de Mino Carta (revista Carta Capital, ex-editor da Veja e da Isto É); o segundo de Luiz Nassif (ex-Folha de São Paulo) e o terceiro do blog de Antônio Mello:

1º) "11/01/2008 18:03
A mídia brasileira é um partido político.
A libertação das duas reféns das Farc graças à mediação de Hugo Chávez não é do agrado da imprensa nativa, embora os jornalões não neguem ao fato suas manchetes da primeira página. A melhor é de O Globo: Reféns são libertadas com show de Chávez. Eliane Cantanhede, na Folha de S.Paulo, cuida de nos tranqüilizar: “Venezuelano foi a grande estrela da libertação, e daí?”. Nada de surpresas com o dissabor transparente: a mídia brasileira é um partido político."
enviada por mino

2º) "12/01/08 08:42
Das manchetes
Do caderno "Dinheiro", da "Folha" de hoje:
Alimento faz inflação ter 1ª alta anual desde 2002Índice fica em 4,46% em 2007 e quase ultrapassa centro da meta do governo.
Cá para nós, "quase ultrapassar" é demais. É igual a "quase engravidou".
Segundo o Houaiss:
Ultrapassar: ir além de (um limite); exceder, extrapolar;
Atingir: chegar até a (um ponto, objeto, pessoa etc.); alcançar, tocar;
Manchete correta: "Mesmo com pressão de alimentos, inflação fica abaixo da meta".
Ou a do Estadão de hoje: "Inflação volta a subir após 4 anos mas fica na meta".
O mancheteiro entrou no clima de terrorismo do mercado."
enviada por Luis Nassif 12/01/08 08:42

3º) "Sábado, 12 de Janeiro de 2008 (Blog do Mello)

O Globo: Oposição e ministro Mello estão contra o governo
A assessora de imprensa do MDS Roberta Caldo, em Carta publicada hoje no Globo, desmente editorial de ontem do jornalão carioca. Como sempre, O Globo estava errado contra o governo. Alguma novidade aí? Não, como já vimos aqui outro dia.
Não tendo como se defender da informação errada, o jornal fingiu que não estava nem aí, e tentou alegar que aquele não era o foco do editorial, mas outro:
A informação não elimina o fato de que, ao vigorarem o aumento do benefício e a extensão do programa num ano eleitoral, o Bolsa Família ampliará ainda mais o seu reconhecido poder de atrair votos para os candidatos apoiados pelo Planalto.
Sim, o Bolsa Família, o aumento do número de empregos com carteira assinada, a redução da desigualdade social, tudo isso tem reconhecido poder de atrair votos para os candidatos apoiados pelo Planalto.
O Globo queria o quê? É assim que funciona na democracia representativa. Se um governante faz um bom governo, ele tem sua gestão aprovada pela população, que o recompensa com votos.
Mas isso não é tudo. O mais divertido O Globo deixou para o final. Coladinho ao texto da Redação destacado acima, vem o seguinte:
"Se assim não fosse, a oposição não teria reagido, tampouco o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)."
Juntando oposição e ministro Mello na mesma frase, O Globo, num ato falho, como o de outro dia, dá a informação mais valiosa: o ministro Mello e a oposição ao governo jogam no mesmo time. Ambos reconhecem que a ampliação do Bolsa Família, a redução da pobreza, o menor valor da cesta básica em relação ao salário-mínimo, tudo isso pode trazer mais votos para o governo. Por isso são contra."

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